O Curioso não pipoca
A origem exata da pipoca é desconhecida. O que se sabe é que, muito antes de o navegador Cristóvão Colombo chegar à América, os indígenas do norte do continente já comiam pipoca.
Eles começaram com a espiga inteira colocada num espeto e levada ao fogo. Depois, passaram a jogar os grãos soltos em fogo baixo. Havia um terceiro método, mais sofisticado, que consistia em cozinhar o milho numa panela de barro cheia de areia quente.
Há cerca de 7.000 anos, o milho já era cultivado no Golfo do México. Os astecas usavam a pipoca em diversas cerimônias. As mulheres dançavam usando coroas feitas com o petisco.
Qualquer grão vira pipoca? A pipoca é feita a partir de um milho que nasce em plantas menores e mais frágeis que as de milho comum. As espécies de milho são avaliadas por um critério chamado “capacidade de expansão”, que determina se servem ou não como milho para pipoca.
O grão de pipoca contém cerca de 12% de água em seu interior. A explosão da pipoca nada mais é que a expansão do vapor de água dentro do grão. O amido existente no milho se transforma no floquinho branco que chamamos de pipoca.
Quanto maior a capacidade de expansão, mais grãos estouram e mais macia é a pipoca.
Quem inventou isso de comer pipoca no cinema?
Por volta de 1840, a pipoca começou a ser vendida em feiras, festivais e comícios nos Estados Unidos. A primeira máquina portátil de fazer pipoca foi inventada em 1885. Onde havia aglomerações de pessoas, havia vendedores de pipoca.
No início da década de 1910, os vendedores de pipoca passaram a estacionar seus carrinhos na porta dos cinemas. No começo, os donos dos cinemas tinham horror à pipoca por causa da sujeira deixada nas salas, do forte cheiro da pipoca e da associação do petisco com programas populares.
Não demorou muito para que percebessem que a pipoca era um negócio lucrativo. Em 1925, o americano Charles Manley criou a primeira máquina elétrica de fazer pipoca.
Alguns anos depois, com os Estados Unidos mergulhados na Grande Depressão, a pipoca era a guloseima que o consumidor ainda conseguia pagar. Os cinemas instalaram as máquinas de Manley dentro dos estabelecimentos e as vendas deslancharam, iniciando-se assim a tradição.
Os lucros com a pipoca tornaram possível a redução dos preços dos ingressos, consagrando o cinema como um entretenimento acessível para a maioria dos americanos.
Por que existe o lado certo para colocar o saco de pipocas dentro do microondas? Os fabricantes do produto explicam que o milho e a gordura são depositados em uma das faces da embalagem, em cima de um dispositivo chamado susceptor. Trata-se de um quadrado que tem laminação de alumínio e poliéster.
Essa parte da embalagem deve ficar para baixo, para que os grãos de milho fiquem sobre ela.
Assim, quando o forno emite as microondas, elas se deparam com o susceptor, são refletidas pelo alumínio e voltam para dentro do pacote, promovendo uma concentração de calor que faz com que a pipoca estoure.