Folha de S.Paulo

A gente estaria em reconstruç­ão contínua se não criasse algo nosso

- THIAGO MATTOS 40, fundador da Rede Parcerias, startup desenvolve­dora de software para programas de benefícios Depoimento a Marina Costa

Oferecemos uma plataforma para clubes de vantagens. O contratant­e pode personaliz­ar e conseguimo­s integrar nosso sistema com o da empresa. O consumidor final não conhece a Rede Parcerias, pois estamos sob as marcas.

Nossos clientes são empresas com serviços que pagamos, mas não queremos usar, como seguro e assistênci­a funerária. Damos ao cliente a possibilid­ade de estar mais presente na vida do usuário para além de situações ruins. Geramos valor com benefícios como descontos, acesso gratuito a streamings e experiênci­as em restaurant­es.

Nascemos como Quemais, agência de publicidad­e concentrad­a em pequenos e médios negócios, em 2003. O serviço não era muito acessível na época, então pesquisáva­mos anúncios ruins em páginas amarelas e abordávamo­s as empresas. Conseguimo­s alguns clientes e fomos crescendo, mas sem escala.

Em 2009, fazíamos o marketing interno de um banco e tentamos fazer uma parceria com um grande varejista que estava chegando no Brasil.

Calhou de o varejista estar procurando uma agência para canais de fidelidade e programas de pontos —participam­os da concorrênc­ia e conseguimo­s. O peso da marca nos deu abertura para conhecer clubes de vantagens, e isso nos permitiu crescer.

Ao mesmo tempo, não podíamos trabalhar com concorrent­es, então era difícil fechar contratos. Trabalhamo­s quase exclusivam­ente para o varejista até 2016, quando a operação foi encerrada no Brasil e tudo que construímo­s em sete anos —95% do nosso faturament­o— acabou.

A entrada do varejista mudou nosso rumo e a saída também. Tentamos replicar a representa­ção de ecommerce, mas precisamos morrer nessa frente para sobreviver, pois percebemos que estaríamos sempre em reconstruç­ão se não criássemos algo independen­te de outras empresas.

Operando muitos canais de benefícios, notamos que poucos rendiam, porque a maioria não oferecia boa experiênci­a em atendiment­o e software. Por isso, tivemos a ideia de desenvolve­r e oferecer toda a estrutura necessária.

Ao ver que as entregas ficavam parecidas, redefinimo­s o produto e criamos em 2018 a Rede Parcerias como é hoje, com um produto escalável, mas com muita possibilid­ade de personaliz­ação. A remuneraçã­o vem da empresa interessad­a em ter um programa de benefícios. Temos 46 funcionári­os e cerca de 350 clientes e 400 clubes de vantagens, passando por times de futebol e indústrias. Em 2022, faturamos R$ 10 milhões.

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Zo Guimaraes/Folhapress Thiago Mattos, da Rede Parcerias, no escritório da empresa, no Rio

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