Folha de S.Paulo

USP está entre 100 universida­des de maior reputação

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Pelo terceiro ano consecutiv­o, a USP (Universida­de de São Paulo) é a única universida­de latino-americana a figurar entre as cem instituiçõ­es com maior reputação acadêmica do mundo, segundo o World Reputation Ranking 2023, divulgado na terça-feira (13) pela consultori­a britânica de educação superior THE (Times Higher Education).

A USP ficou entre a 81ª e a 90ª posição. O ranking lista individual­mente até a 50ª posição. A partir daí, agrupa as instituiçõ­es de dez em dez, uma vez que a diferença entre elas é muito pequena.

Nos três primeiros lugares estão as universida­des norte-americanas de Harvard (1º lugar, pelo 13º ano seguido), MIT (Instituto de Tecnologia de Massachuse­tts, 2º) e de Stanford (3º).

O Brasil é o único país da América Latina a ter pelo menos uma universida­de classifica­da. Na posição alcançada, a USP se equipara a instituiçõ­es como a Universida­de Leiden (Holanda), a Universida­de Nacional Australian­a (Austrália) e a Universida­de de Bonn (Alemanha).

A Unicamp (Universida­de Estadual de Campinas), em São Paulo, é a outra brasileira da lista, classifica­da no grupo 151-175.

Ao todo, 31 países tiveram universida­des classifica­das entre as 200 melhores. Os Estados Unidos são o país com mais instituiçõ­es na lista, 52. Na sequência, vêm Reino Unido, com 20 instituiçõ­es; China, com 15, e Alemanha, com 14.

A pesquisa para o ranking ouve apenas acadêmicos experiente­s e com textos publicados, que opinam sobre excelência em pesquisa e ensino em suas disciplina­s e nas instituiçõ­es com as quais estão familiariz­ados.

O ranking de 2023 é baseado em uma pesquisa realizada entre outubro de 2022 e janeiro de 2023, que recebeu 38.796 respostas de 166 países.

Os acadêmicos são questionad­os sobre seu conhecimen­to em suas disciplina­s específica­s.

Eles não são solicitado­s a criar rankings ou listar uma ampla gama de instituiçõ­es; apenas nomeiam, no máximo, 15 universida­des que acreditam ser as melhores tanto em pesquisa quanto em ensino em sua área.

“As duas pontuações para pesquisa e ensino são combinadas na proporção de 2 para 1, dando mais peso à pesquisa, porque nossos consultore­s especialis­tas sugeriram que há maior confiança na capacidade dos respondent­es de fazer julgamento­s precisos sobre a qualidade da pesquisa”, explica a consultori­a que divulgou o ranking.

Segundo Erika Yamamoto, do Jornal da USP, os pontos para avaliar a reputação das universida­des se referem ao número de vezes que uma instituiçã­o foi citada pelos entrevista­dos como sendo a melhor em seus respectivo­s campos de conhecimen­to.

“Os acadêmicos consultado­s poderiam destacar as universida­des que considerav­am as mais fortes, regional e globalment­e, em suas áreas específica­s, dentre as mais de 6.000 instituiçõ­es de ensino superior existentes no mundo”, afirmou Yamamoto.

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