Governo Lula anuncia 140 mil vagas em 100 unidades de institutos federais
O governo do presidente Lula (PT) anunciou nesta terça-feira (12) a criação de 100 novos campi de Institutos Federais de Educação, Ciência e Tecnologia (IFs). A medida foi anunciada em cerimônia no Palácio do Planalto. O Nordeste terá 38 novos institutos; o Sudeste, 27; Sul, 13; Norte, 12; e Centro-Oeste, 10. O principal estado beneficiado é a Bahia, com oito unidades. De acordo com o governo, todas as entidades da federação terão novas unidades, e 140 mil vagas serão criadas.
A medida faz parte do Novo PAC. O desembolso total para institutos federais no programa será de R$ 3,9 bilhões, sendo R$ 2,5 bilhões para novos campi e R$ 1,4 bilhão para melhorar unidades já existentes, com bibliotecas, refeitórios etc.
Em seu discurso, o presidente Lula disse que quer atingir o marco de mil institutos federais. Hoje, segundo ele, há 782 no país.
“Eu lembro do Romário, do Pelé e do Túlio Maravilha querendo marcar mil gols. Por que não podemos tentar chegar a mil Institutos Federais no Brasil?”, afirmou.
O presidente voltou a defender que gasto com educação não é gasto, é investimento, e disse que “gasto” é quando se trata de combate ao crime organizado, por exemplo.
Participaram do evento estudantes de ensino médio e integrantes do governo, da sociedade civil e do parlamento.
O recém-eleito presidente da Comissão de Educação da Câmara, deputado Nikolas Ferreira (PL-MG), também esteve na plateia. O bolsonarista faz oposição ferrenha a Lula no Congresso e foi o deputado mais votado em 2022, com 1,47 milhão de votos.
O ministro da Educação, Camilo Santana, afirmou que a sociedade tem cobrado do governo a ampliação dos institutos federais. “Temos tido uma cobrança de prefeitos, da sociedade. E isso é uma coisa boa. É a sociedade querendo mais, porque os institutos federais trazem resultados efetivos”, disse.
Segundo Santana, além da ampliação dos IFs, o governo pretende aprimorar as unidades já existentes. “Cada reitor está dialogando com o MEC para colocar as suas necessidades”, afirmou.
Para a criação dos novo institutos, o ministro da Educaçãoafirmou que foram considerados critérios como a análise de vazios demográficos e a proporção da população em cada estado.