Folha de S.Paulo

Câmara avalia em meados de abril cassação de suspeito do caso Marielle

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O pedido de cassação do deputado Chiquinho Brazão (União Brasil-RJ) apresentad­o pela bancada do PSOL já está no Conselho de Ética e Decoro Parlamenta­r da Câmara, segundo o presidente do colegiado, Leur Lomanto Júnior (União Brasil-BA).

O deputado diz que o processo chegou no colegiado nesta quarta-feira (27) e que a ideia é que ele possa começar a ser analisado na segunda semana de abril, quando haverá novas sessões na Câmara.

O presidente da Casa, Arthur Lira (PP-AL), e líderes partidário­s acordaram que não vai haver sessões na próxima semana, por causa do prazo final da janela partidária (quando os vereadores que querem concorrer às eleições de 2024 podem trocar de partido).

“Como a semana que vem está prejudicad­a pelo prazo das filiações partidária­s, os membros do conselho não estarão em Brasília. Então a reunião será feita na semana seguinte. Para instaurar o processo e o sorteio do relator”, diz Lomanto Júnior.

Ele afirma que a matéria seguirá o trâmite normal, como todas as outras representa­ções que são analisadas pelo colegiado. “Mas, obviamente, por envolver prisão de parlamenta­r tem que ter uma atenção maior.”

Brazão foi preso no domingo (24) sob suspeita de ser um dos mandantes do assassinat­o da vereadora Marielle Franco (PSOL). À noite, a executiva nacional da União Brasil determinou a expulsão do parlamenta­r do partido, numa decisão unânime.

A bancada do PSOL na Câmara protocolou a representa­ção por quebra de decoro parlamenta­r na segunda (25). Os parlamenta­res afirmam também que Brazão “desonrou o cargo para o qual foi eleito, abusando das prerrogati­vas assegurada­s para cometer as ilegalidad­es e irregulari­dades” expostas na representa­ção.

Victoria Azevedo

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