Folha de S.Paulo

Asfalto ruim e queda de rocha deixam crítica estrada Cunha-paraty

- Reginaldo Pupo

PARATY (RJ) Aproveitar as belas praias e ilhas de Paraty, no litoral fluminense, vem exigindo cada vez mais atenção dos motoristas que trafegam pela RJ165, conhecida como rodovia Cunha-paraty, que liga São Paulo ao Rio.

A via apresenta condições precárias, com falta de sinalizaçã­o em trechos que oferecem riscos aos usuários. Motoristas relatam também assaltos e arrastões.

Em nota, o DER-RJ (Departamen­to de Estradas de Rodagem do Rio de Janeiro) diz que monitora os serviços de conservaçã­o da via e que vem investindo R$ 97,2 milhões para recuperar o pavimento.

A RJ-165, que corta o Parque Nacional da Serra da Bocaina, é a principal rodovia de acesso a Paraty para motoristas que saem da cidade de São Paulo, do Vale do Paraíba e da região sul fluminense.

No total são 45 km de extensão, sendo 15 km de serra —é exatamente este trecho, no Rio, o mais problemáti­co. A descida exige muita atenção e habilidade dos motoristas, já que em diversos pontos é possível a passagem de um veículo por vez, nos dois sentidos. Sem visibilida­de, é preciso buzinar para avisar os carros do sentido contrário. O trânsito de caminhões, carretas e ônibus é proibido.

O leito carroçável é repleto de buracos. Em todo o trecho de serra é possível observar no acostament­o, nos dois sentidos, calotas que se desprendem das rodas dos veículos.

No dia 8 de março, uma pedra gigantesca se desprendeu e rolou para o asfalto, interditan­do um pouco mais de meia pista da serra sentido Cunha, devido às chuvas. Nenhum carro foi atingido.

Para auxiliar na liberação do tráfego, um grupo de voluntário­s dos dois municípios chegou até o trecho para cortar com motosserra­s os galhos que desceram junto com a rocha.

Desde 2018 os cerca de 70 membros do SOS Paraty-cunha realizam intervençõ­es no trecho de serra, no lado fluminense, para amenizar os problemas.

Em nota, o DER-RJ disse que, por ser uma área de reserva ambiental e rica em biodiversi­dade no entorno da via, o trecho requer mais atenção, “visando a segurança não só de quem trafega no local, mas também de animais silvestres”.

Sobre a pedra, o órgão afirmou que fez a remoção e que a via foi liberada.

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