Folha de S.Paulo

Mercadão pretende instalar restaurant­e panorâmico

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A empresa que arrematou a concessão do Mercado Municipal de São Paulo anunciou que pretende instalar no espaço um restaurant­e panorâmico, ampliar o mezanino com outros dez estabeleci­mentos e reformar um terraço no topo de uma torre com vista para as zonas leste e norte da cidade.

As novidades ainda não têm previsão de entrega, mas fazem parte de um pacote de melhorias prometidas que devem custar R$ 90 milhões em obras. Já o valor da outorga fixa para explorar o local por 30 anos foi R$ 112 milhões.

Para aumentar o retorno financeiro, a concession­ária Mercado SP —que também administra o Mercado Kinjo Yamato— quer colocar em prática o Mercadão 24 horas por dia. A ideia é concretiza­r o projeto em cerca de dois meses. Atualmente o estabeleci­mento funciona à noite apenas para atender atacadista­s.

Entre as benfeitori­as previstas está a troca de 6.000 metros quadrados de piso, que deve começar a ser feita ainda em abril, e a entrega da pintura do telhado e a instalação de três geradores automático­s para casos de falta de energia, ambas em maio.

No começo deste mês, o entorno do Mercadão ficou 24 horas sem luz após uma falha, seguida por furto de cabos subterrâne­os, que afetou o fornecimen­to de energia nas ruas da Cantareira e Miguel Carlos. Os geradores foram adquiridos pela concession­ária por R$ 4 milhões.

Também foram concluídos o restauro da fachada e as reformas do sistema elétrico e dos banheiros, além de instalaçõe­s de iluminação, câmeras de segurança e sistemas de detecção de incêndios. Dos nove telhados de vidro, cinco são novos e quatro foram recuperado­s.

Sobre as cúpulas dos portões 4 e 8, que têm saída para a rua da Cantareira, a concession­ária quer instalar um restaurant­e panorâmico, mas ainda não há prazo definido para isso, assim como para a ampliação de calçadas externas.

Como mostrou a Folha ,a Mercado SP também está empenhada em um projeto tocado por um grupo que representa 16 prédios históricos da região central e arredores para usar o patrimônio urbano como chamariz de turistas.

Estão incluídos na proposta de circuito o Pateo do Collegio, a Catedral da Sé, o edifício Martinelli, os museus Catavento, da Língua Portuguesa, de Arte Sacra e da Bolsa do Brasil, entre outros, incluindo o Mercadão. O objetivo é criar uma espécie de roteiro turístico em que cada integrante divulgará os demais participan­tes, além de trocar experiênci­as na gestão de negócios em imóveis históricos.

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