País cria 244,3 mil vagas formais em março sob impulso dos serviços
O Brasil criou 244.315 vagas formais de trabalho em março, segundo dados Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) divulgados nesta terça (30) pelo Ministério do Trabalho e Emprego, 25, 69% a mais que em de março de 2023, quando foram 194.372 .
O resultado foi o maior para meses de março desde 2020, quando começa a série histórica da atual metodologia do Caged.
Para o ministro Luiz Marinho (Trabalho e Emprego), o Brasil obteve “crescimento importante em março”, quando foram registradas 2,26 milhões de contratações e 2,02 mi de demissões.
Dos 5 setores de atividades, 4 tiveram saldo positivo no mês passado. O grupo de serviços ajudou a impulsionar o resultado, com a criação de 148.722 vagas formais —58% do crescimento total de empregos formais.
“Ele [setor de serviços] está bastante assentado na variação das áreas de saúde e educação, que vêm contratando pessoas por jornadas de até 30 horas, são a maior parte dos nossos atípicos (tipo de vínculo) deste mês”, comentou a subsecretária de Estatísticas e Estudos do Trabalho do Ministério do Trabalho e Emprego, Paula Montagner.
Na sequência, aparecem comércio (37.493 postos), indústria (35.886) e construção (28.666). No agronegócio, houve saldo negativo de 6.457 vagas formais.
Em março, o salário médio de admissão foi de R$ 2.081,50, relativa estabilidade em relação a fevereiro (R$ 2.086,75) —redução de apenas R$ 5,25. Na comparação com março de 2023, houve ganho real (quando é descontada a inflação) de R$ 54,17 (alta de 2,7%).
Os dados mostram também que foram registrados saldos positivos em 25 das 27 unidades da federação. O principal aumento foi em São Paulo, com a geração de 76.941 vagas formais (alta de 0,6%), com destaque para serviços (46.451 postos). Na outra ponta está novamente Alagoas, com retração de 9.589 vagas (queda de 2,2%).
No acumulado do 1º trimestre, foram gerados 719.033 postos com carteira assinada no Brasil —houve 6,6 milhões de admissões e 5,9 mi de desligamentos, de 33,9% a mais que igual período de 2023, quando houve saldo de 536.869 vagas.
O resultado deste ano é inferior ao do mesmo período de 2021 (saldo de 805.658).
Durante a apresentação, Marinho defendeu a continuidade da redução de juros, hoje em 10,75% ao ano.
“Fico meio abestalhado, chocado de ver análises na grande imprensa dos chamados especialistas de mercado que, quando há dados positivos no emprego e na renda, na massa salarial, chamam atenção para o risco inflacionário. Acho isso uma aberração econômica. A inflação está sob controle”, afirmou.