Santander amplia crédito e lucro sobe 41% no 1º trimestre, para R$ 3 bi
O Santander Brasil lucrou R$ 3 bilhões no primeiro trimestre, alta de 41,2% ante o mesmo período de 2023 e de 37,1% em relação ao quarto trimestre do ano passado. Segundo a Bloomberg, o resultado superou a estimativa de R$ 2,865 bilhões dos analistas.
O retorno sobre o patrimônio líquido (Roae), indicador que mede a rentabilidade da operação, também melhorou. Foi para 14,1%, ante 12,3% ao fim do ano passado e 10,6% no primeiro trimestre de 2023.
Os resultados refletem um aumento nos empréstimos. A carteira de crédito ampliada foi para R$ 654 bilhões, alta de 1,7% ante dezembro de 2023 e de 8,1% na comparação com o mesmo período do ano passado, com destaque para o crescimento do consignado (34% na comparação anual), do crédito ao consumo (11%) e do agronegócio (39%).
Já o custo do crédito caiu 0,2 ponto percentual e 0,8 ponto percentual, nos mesmos períodos, para 3,8%. A PDD (provisão para devedores duvidosos) somou R$ 6,765 bilhões, queda de 11,6% ante o quarto trimestre de 2023 e de 12,1% em relação a período semelhante.
O índice de inadimplência (atrasos acima de 90 dias), por sua vez, piorou. Foi de 3,1% ao fim de 2023 para 3,2%.
Em meio à queda de rentabilidade desde a pandemia, o Santander Brasil reposicionou sua marca para atrair a baixa renda. O clássico slogan “O que a gente pode fazer por você hoje?” deu lugar ao “Começa Agora” para atrair novos clientes e aumentar a principalidade (ser o principal banco utilizado) entre quem já é correntista. “Eu estou, no fundo, reposicionando o Santander no Brasil”, afirmou Mario Leão, presidente do banco.
Para isso, o banco zerou a anuidade de seus cartões, sem necessidade de valor mínimo gasto mensal, como era antes.
SANTANDER BRASIL (1º TRI)
Clientes: 65,8 milhões
Funcionários: 55.210
Lucro líquido: R$ 3 bilhões
Roae: 14,1%
Agências e pontos de atendimento: 2.588
Fundação: em atividade no mercado local desde 1982
Principais concorrentes: Itaú Unibanco, Bradesco, BB, Caixa, Nubank