Apesar de trocas de Cuca, Palmeiras perde e se complica na Libertadores
FUTEBOL Em sua estreia no time, técnico promove mudanças, mas desorganização permanece
Em sua estreia no comando do Palmeiras, o técnico Cuca não pecou pelo recato.
No entanto, a despeito da ousadia de escalar um time bastante modificado em relação ao que vinha sendo colocado em campo por Marcelo Oliveira, o Palmeiras esbarrou na atuação fraca de diversos atletas e perdeu por 1 a 0 para o Nacional, em Montevidéu, em jogo válido pela fase de grupos da Libertadores
Anunciado na segunda (14) como treinador do clube, Cuca teve poucos dias para conhecerosjogadores.Oquenão foi obstáculo paraque colocasse como titular o volante Gabriel, recém-recuperado de lesão após sete meses de recuperação, além de deslocar Zé Roberto para o meio, dando oportunidade a Egídio na lateral esquerda.
As mudanças de Cuca soaram como respostas às questões não decifradas por Oliveira —e que por fim acabaram por devorá-lo. Gabriel tem qualidade na saída de bola, e Zé Roberto poderia ajudar a trabalhar mais a bola no meio de campo e a evitar a ligação direta entre zaga e ataque.
Na prática, a ideia não funcionou. Os laterais Lucas e Egídio tiveram atuações péssimas, tanto defensivamente como ofensivamente, fazendo com que o time empacasse atrás do meio de campo.
Organizado taticamente, o Nacional trocou passes com tranquilidade,estudandooPalmeiras. Ao perceber que o calcanhar de Aquiles dos brasileiros estava nas costas de Egídio eLucas,passaramaapostarem ataques pelos flancos.
Ramirez, Fernández e Nico López movimentaram-se bastante e criaram seguidas oportunidades de gol. Aos cinco minutos do segundo tempo, Lucas chegou mais uma vez atrasado na marcação, Ramírez cruzou, e López, sozinho, fez o único gol da partida.
Cuca ainda colocaria Barrios, deixando a equipe em uma espécie de 4-1-3-2, que, entretanto, originaria poucas chances de finalização.
A derrota para o Nacional deixou claro que, além de fa- lhas de escalação, encaradas de frente por Cuca desde seu primeiro treino, o treinador ainda terá que encontrar uma forma de coordenar o posicionamento e as movimentações dos jogadores —algo que Oliveira não conseguiu fazer ao longo de sua passagem de nove meses pelo clube.
Com a derrota, o Palmeiras viu o Nacional, com oito pontos,eoRosarioCentral,comsete,apósvitóriasobreoRiverPlate (URU) nesta quinta, desgarrem-se nas primeiras posições doGrupo2.Comquatropontos, o time enfrenta o Rosario (em 6 de abril na Argentina) e o River Plate (em 14 de abril no Brasil). RACISMO Torcedores uruguaios proferiram xingamentos racistas aos jogadores do Palmeiras. Câmeras de TV flagraram um homem nas arquibancadas imitando um macaco para o atacante Gabriel Jesus.
Ídolo do Flamengo e do Palmeiras, o ex-atacante Gaúcho morreu nesta quinta (17) aos 52 anos, vítima de um câncer de próstata. A morte aconteceu por volta das 19h, em São Paulo.
O enterro será na próxima semana, em Goiânia.
Nascido em Canoas (RS), Luís Carlos Toffoli, o Gaúcho, foi revelado na Gávea, em 1982. Em seguida, deixou o rubro-negro para atuar por XV de Piracicaba, Grêmio, Verdy Kawasaki (JAP), Santo André e Palmeiras.
Com boa passagem pelo time paulistano, o jogador é especialmente lembrado por ter defendido dois pênaltis contra o Flamengo, pela Copa União de 1988.
Naquele jogo, ele precisou ocupar a vaga de Zetti depois que o goleiro se lesionou após todas as substituições já terem sido realizadas.
Em 1990, Gaúcho retornou ao Flamengo. Em seu melhor momento da carreira, ajudou o clube a conquistar o Copa do Brasil de 1990, o Estadual do Rio de 1991 e o Brasileiro de 1992. Ao todo, disputou 200 jogos pelo rubro-negro e marcou 98 vezes.
Depois do Flamengo, jogou por Lecce (ITA), Boca Juniors (ARG), Atlético-MG, Ponte Preta, Fluminense e Anápolis, onde concluiu a carreira em 1996. Ainda foi técnico, à frente de Mixto-MT e Luverdense-GO entre 2010 e 2011.