Folha de S.Paulo

Dois adolescent­es morrem em tiroteio em boate nos EUA

Polícia deteve três pessoas e procura outros suspeitos, mas já descartou que ataque seja um ato de terrorismo

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Dois adolescent­es morreram e outras 17 pessoas ficaram feridas em um tiroteio, na madrugada desta segunda-feira (25), no estacionam­ento da boate Club Blu, em Fort Myers, na Flórida.

A polícia local descartou a violência como um ato de terrorismo, mas não deu detalhes sobre o ataque ou sobre suas motivações. Três pessoas foram detidas para questionam­ento, e as autoridade­s ainda procuram outras.

O tiroteio ocorreu pouco depois da 0h30 locais (1h30 em Brasília). Ao chegar à boate, a policia encontrou “várias vítimas com ferimentos de bala” e um cenário de caos, disse a corporação.

Os dois jovens mortos foram identifica­dos como Sean Archilles, 14, e Stef ’an Strawder, 18. Strawder era um jogador de basquete em ascensão e jogava em sua escola.

A mãe de Strawder, Stephanie White, disse ao jornal “News-Press” que seu filho foi atingido no ombro, quando saía da casa noturna, e a morte foi confirmada já no hospital. A irmã mais velha do jogador de basquete levou um tiro na perna, mas sobreviveu, afirmou White.

Os 17 feridos têm idades entre 12 e 27 anos, informou a rede Lee Memorial Health System, e três deles permanecia­m internados na tarde desta segunda-feira (25).

A boate Club Blu dava uma festa com a temática de trajes de banho para pessoas de todas as idades, segundo um anúncio do evento.

O estabeleci­mento informou que o tiroteio ocorreu quando a festa tinha acabado e os pais já estavam buscando seus filhos.

“Tentamos dar aos adolescent­es o que pensamos que seria um lugar seguro para se divertirem”, declarou a boate em comunicado público.

“Não foram os jovens da festa que cometeram esse ato desprezíve­l”, afirmou a casa, que informou ainda que havia seguranças dentro e fora do estabeleci­mento.

O tiroteio ocorreu apenas seis semanas após o massacre na boate gay Pulse, em Orlando, ter matado 49 pessoas.

Com receios após os tiros na Pulse, a mãe de Strawder orientou o filho a se “deitar no chão e encontrar uma mesa” caso vivenciass­e um ataque semelhante.

Mas, frente ao tiroteio no estacionam­ento em Fort Myers, o jovem não conseguiu se esconder a tempo.

“Disse a ele para procurar por todas as saídas se algum tipo de tiroteio ocorresse... porque eu pensei nas pessoas de Orlando. Aquilo foi um caso impactante”, disse White em entrevista à agência de notícias Associated Press.

A polícia alemã revelou ter encontrado um vídeo em que o sírio de 27 anos que morreu após causar uma explosão do lado de fora de um festival de música na cidade de Ansbach, no domingo (24), jurou lealdade ao Estado Islâmico.

A explosão deixou outras 15 pessoas feridas.

A tradução do vídeo indica que o homem anunciou um ataque em vingança contra os alemães, “porque estão atrapalhan­do o islã”, afirmou o ministro do Interior da Baviera, Joachim Herrmann.

A polícia também encontrou vídeos violentos e material para produzir bombas na casa do homem. Nesta segunda (25), o Estado Islâmico assumiu a autoria do ataque.

A agência de notícias Amaq, um dos braços de propaganda da milícia, afirmou que a explosão foi realizada por “um dos soldados do EI” e seria uma resposta aos chamados da facção para atacar países da coalização liderada pelos Estados Unidos na luta contra a milícia.

O sírio chegou à Alemanha há dois anos e pediu refúgio, segundo o Ministério do Interior, que disse ainda que o homem teve problemas repetidos com a polícia por uso de drogas e outras infrações e estava prestes a ser deportado para a Bulgária —onde pediu refúgio pela primeira vez.

“Sírios não podem, no momento, ser enviados de volta a seu país. Mas isso não significa que não possam ser deportados”, afirmou o portavoz da pasta Tobias Plate.

Uma porta-voz do governo alemão disse que ainda é cedo para decidir por mudanças na política de refugiados. “Os atos dos últimos dias não dão uma medida uniforme”, afirmou Ulrike Demmer.

“A maioria dos terrorista­s que realizou ataques na Europa nos últimos dias não são refugiados”, disse.

De acordo com Tobias Plate, o “perigo de novos ataques é alto já há algum tempo e continua assim”.

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