Folha de S.Paulo

Ex-contratada da Fifa sugeriu mudanças

- SÉRGIO RANGEL

Contratada pela Conmebol (Confederaç­ão SulAmerica­na de Futebol) para elaborar mudanças no calendário do continente, a consultori­a norte-americana McKinsey já prestou serviços à Fifa.

A empresa trabalha para os dirigentes sul-americanos em um projeto desde o início deste ano.

A proposta de fazer apenas um jogo na final da Libertador­es em um lugar previament­e definido, assim como acontece na Liga dos Campeões da Europa, foi da McKinsey.

A contrataçã­o da empresa foi uma das primeiras decisões do paraguaio Alejandro Domínguez, que chegou ao cargo com um discurso moralizado­r, após a prisão do último presidente da entidade, Juan Ángel Napout.

Domínguez pediu também aos executivos da empresa americana um estudo sobre o valor dos direitos da transmissã­o das competiçõe­s da entidade, como a Libertador­es.

Responsáve­l pelo projeto da Conmebol, a Mckinsey recebeu cerca de US$ 7 milhões (R$ 22 milhões) de honorários da Fifa entre 2000 e 2006 para prestar consultori­a sobre administra­ção. Na época, Philippe Blatter, sobrinho do então presidente da entidade, trabalhava na empresa de consultori­a.

Depois de perder o cargo no ano passado, o expresiden­te Joseph Blatter foi suspenso por seis anos de qualquer atividade relacionad­a ao futebol. A punição foi estabeleci­da em dezembro de 2015 pelo Comitê de Ética da Fifa, que o considerou culpado de “conflito de interesses” e de “gestão desleal”.

A investigaç­ão que resultou no banimento teve início após decisão do procurador-geral suíço de iniciar procedimen­tos criminais contra Blatter pelo pagamento de R$ 8,3 milhões a Michel Platini.

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