Folha de S.Paulo

Carioquice de Carvana é o melhor de seu ‘O Homem Nu’

- INÁCIO ARAUJO

FOLHA

Se há algo que nunca engoli foi a literatura séria de Fernando Sabino. Já suas crônicas são não raro notáveis. “O Homem Nu” (1997, Canal Brasil, 18h), entre elas. No entanto, colocam um problema à adaptação: sendo curtas, é preciso esticar o relato.

Roberto Santos foi muito feliz no seu filme de 1968 ao adotar uma estética com referência­s às HQs. Hugo Carvana, neste “remake”, o foi bem menos. Optou por uma narrativa convencion­al e daí resultou um filme... convencion­al.

Mas tem seus momentos quando o lado bem carioca do relato se impõe: é onde Carvana sempre se deu melhor.

Depois de cruzar a década passada na banda Pública, o cantor e compositor gaúcho Guri Assis Brasil lança seu segundo álbum solo “Ressaca”, nesta sexta (30), em São Paulo. E ele vem bem diferente.

Depois de um primeiro disco no qual predominav­am as baladas, “Quando Calou-se a Multidão” (2013), o som está carregado de influência­s latinas dançantes, como cumbia, bolero e até reggaeton. Soa mais próximo da nova banda do artista, La Cumbia Negra, prestes a lançar disco.

“Antes eu fazia as músicas na varanda de casa, com violão. Depois que eu voltei a me encontrar com o Gabriel Guedes, que é o guitarrist­a da Pata de Elefante e compositor da La Cumbia Negra, voltei

Guri Assis Brasil, que lança o disco ‘Ressaca’ em São Paulo

um pouco para esse lado”, diz Guri à Folha. “Como eu nasci na fronteira com o Uruguai, escuto isso desde os cinco anos. Achei que talvez fosse hora de assumir essa identidade mais portenha, mais latina, da minha criação.” QUANDO sexta (30), à meia-noite ONDE Z Carniceria, av. Brig. Faria Lima, 724, tel. (11) 2936-0934 QUANTO R$ 30 CLASSIFICA­ÇÃO 18 anos

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