Folha de S.Paulo

Árbitro foi chamado de corintiano em 2015

-

DE SÃO PAULO

O árbitro Thiago Duarte Peixoto, 37, que expulsou Gabriel de forma errada no clássico desta quarta-feira (22), já foi acusado de ser corintiano por torcedores rivais.

Em 2015, logo após ser escalado para apitar outro Corinthian­s e Palmeiras, foi divulgada nas redes sociais uma foto dele segurando camisa do clube ao lado do pai, Carlos Duarte.

O uniforme autografad­o havia sido uma doação para a Santa Casa de Barretos, sua cidade natal, que faria um leilão para captar recursos. Foi no hospital que a mãe do árbitro, Neide, tratou de um câncer que a matou em 2011.

O clássico de 2015 foi pela semifinal do Campeonato Paulista. Terminou empatado em 2 a 2 e o Palmeiras se classifico­u nos pênaltis.

Ele é um dos árbitros mais utilizados pela Federação Paulista de Futebol. Nesta temporada apitou sete jogos em 21 dias, a partir de 28 de janeiro. Em 2016, foi escalado para mais de 30 jogos.

Personal trainer e formado em educação física, Peixoto começou a apitar futebol em 1999 na várzea de Barretos (425 km da capital) para ajudar a pagar a faculdade.

Em entrevista ao site da Associação de Árbitros da Grande São Paulo, ele se definiu como um jogador de vôlei frustrado.

Pressionad­o nesta quarta por dirigentes do Corinthian­s Antes do início da partida, a torcida organizada Gaviões da Fiel acendeu sinalizado­res vermelhos, o que fez com que o estádio ficasse cheio de fumaça. A torcida exibia uma faixa que dizia “pelo fim da proibição”. A FPF não permite o uso desse tipo de equipament­o nas arenas. A fumaça dispersou-se rapidament­e e não chegou a atrapalhar a partida. No ano passado, a torcida foi suspensa por 60 dias por ter acendido sinalizado­res em jogo da Copa São Paulo. no intervalo do clássico, já enfrentou coisa pior. Foi agredido em uma partida de várzea no interior. Sua mãe quis que abandonass­e a arbitragem. O filho recusou.

Em 2003, começou o curso de árbitros na Federação Paulista de Futebol.

Em jogo do São Paulo, já foi criticado por Rogério Ceni, que o acusou de “querer aparecer”.

Peixoto define seu estilo como disciplina­dor, mas que deixa o jogo correr.

“Meu ídolo é o Seneme”, disse, citando Wilson Seneme, atual presidente da comissão de arbitragem da Confederaç­ão Sul-Americana. PERDA No ano passado, a mulher do árbitro, Gabriela Maia, morreu em São Paulo após ser internada com pneumonia no sétimo mês de gravidez. Foi realizado um parto às pressas para salvar a criança, que nasceu saudável e recebeu o nome de Gael. As informaçõe­s foram divulgadas pelo Sindicato dos Árbitros do Estado de São Paulo.

 ?? Rubens Cavallari/Folhapress ?? O árbitro Thiago Duarte Peixoto expulsa o volante Gabriel
Rubens Cavallari/Folhapress O árbitro Thiago Duarte Peixoto expulsa o volante Gabriel

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil