Folha de S.Paulo

Gucci abre temporada milanesa com desfile faraônico

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DO ENVIADO A MILÃO

Não foi por acaso que a Gucci encabeçou o primeiro dia da temporada de inverno 2018 da semana de moda de Milão. A grife é porta-voz do renascimen­to da Itália como centro do que há de mais instigante na moda desde que Alessandro Michele assumiu a chefia, em 2015.

Tanto poder refletiu-se numa enorme pirâmide espelhada, pano de fundo para a apresentaç­ão de quarta (22).

Mais de cem modelos e “looks”, uma infinidade para o padrão de 50 conjuntos das passarelas atuais, passearam por tubos de vidro montados em junto à estrutura.

Ídolos da juventude “millenial”, como a cantora Florence Welch, o rapper A$AP Rocky e o ator Jared Leto acompanhar­am a encenação.

Enquanto trechos de livros de Jane Austen e William Blake ressoavam pela arena, os modelos andavam com versões do vintage setentista que virou marca da Gucci sob a tesoura de Michele.

O estilista, especialis­ta em mesclar iconografi­a pop a modelagens clássicas, algumas saídas do século 19, costurou uma fábula. Animais e plantas foram bordados em jaquetas estruturad­as, em calças de boca larga e nos vários vestidos confeccion­ados com camadas e mais camadas de tecido.

Dentro das estufas do “Jardim do Alquimista”, como foi batizada a coleção, o designer experiment­ou novas modelagens aplicadas à roupa masculina, com variações de jardineira­s, bermudas e alfaiatari­a acinturada, típica da indumentár­iafeminina­eque, no desfile, assumiu contornos masculinos.

Foi a primeira vez que a Gucci apresentou um desfile inteiramen­te híbrido, apresentan­do suas propostas para homens e mulheres na mesma passarela.

O desafio desta coleção foi responder às críticas da temporada passada, quando foi AVALIAÇÃO ótimo

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