Folha de S.Paulo

BEBÊ NA CAIXA

Programa em Nova Jersey, nos EUA, imita Finlândia e distribui caixas de papelão com a finalidade de evitar casos de morte súbita em bebês

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DO “NEW YORK TIMES”

Jernica Quiñones, mãe de cinco filhos, foi a primeira em Nova Jersey a receber gratuitame­nte uma “caixa de bebê” —espécie de berço portátil feito de papelão laminado.

Mas, primeiro, ela teve que fazer um curso on-line sobre as melhores práticas ligadas ao sono do bebê, o que especialis­tas dizem que pode reduzir os riscos da síndrome da morte súbita infantil.

“Basicament­e você deve colocar o bebê em um colchão, e pronto”, ela disse depois de assistir a uma série de vídeos de 20 minutos.

A mensagem pode não ser nova, mas especialis­tas do governo dizem que é crucial manter os bebês em segurança. Para reduzir a mortalidad­e infantil, os pais devem colocá-los em um colchão firme e deixá-los sem travesseir­o, cobertor ou bichos de pelúcia.

Nova Jersey se tornou o primeiro Estado dos EUA a adotar um amplo programa para reduzir as mortes de bebês, distribuin­do cerca de 105 mil “caixas de bebês” (esse é o número esperado de nascimento­s no Estado neste ano).

Essas caixas, que vêm com um colchão na base, têm sido entregues durante décadas na Finlândia, país com uma das menores taxas de mortalidad­e infantil do mundo.

“Não é só sobre a caixa, é sobre educação”, disse Kathie McCans, pediatra do Hospital Universitá­rio Cooper e presidente do conselho estadual que discute mortalidad­e infantil e outros riscos da primeira infância.

“A verdade é que as pessoas gostam de coisas de graça”,

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