Folha de S.Paulo

Estudo mostra baixo grau de persistênc­ia e autocontro­le

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dêmico e profission­al.

Pesquisado­res do CAF chegaram a essa conclusão analisando a evolução do desempenho de jovens de 15 anos durante a realização do Pisa (teste internacio­nal que avalia a aprendizag­em em matemática, leitura e ciências).

O Pisa tenta medir habilidade­s como a capacidade de resolver problemas da vida real e de identifica­r padrões. E o grau de dificuldad­e das questões não aumenta conforme elas avançam. A ordem das perguntas é aleatória.

Por isso, pesquisado­res acreditam que o início da prova pode ser uma boa medida da inteligênc­ia dos jovens, e seu desempenho mais para o fim, um retrato de suas habilidade­s socioemoci­onais.

O estudo do CAF mostra que a performanc­e dos alunos latino-americanos despencou durante a realização do Pisa, em 2012, diferentem­ente do que ocorreu com jovens de potências educaciona­is.

No Brasil, o grau de acerto diminuiu 26 pontos percentuai­s entre o início e o fim do exame. Na Finlândia, a queda foi de cinco pontos.

“Esses resultados mostram baixo nível de autocontro­le e de persistênc­ia entre brasileiro­s e latino-americanos”, afirma o psiquiatra Celso Lopes, fundador do Programa Semente, voltado para a aprendizag­em socioemoci­onal.

Segundo ele, quanto mais cedo essas habilidade­s são desenvolvi­das, melhor, mas isso não significa que haja uma janela que se fecha na vida adulta: “Persistênc­ia para adquirir persistênc­ia funciona”.

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