Folha de S.Paulo

Investigaç­ões ameaçam governo Netanyahu

-

120 cadeiras do Parlamento, a quarta maior bancada.

Mas os principais competidor­es são da direita, principalm­ente membros do Likud. Isso porque, de acordo com a lei local, se um premiê deixa o cargo, o partido pode simplesmen­te escolher internamen­te um novo líder. Três nomes são os mais cotados: o do ministro da Segurança Gilad Erdan (número 2 da legenda); o do popular ministro dos Transporte­s, Israel Katz (que já anunciou candidatur­a); e o do presidente do Parlamento, Yuli Edelstein. NOVAS ELEIÇÕES Previstas para 2019, as eleições ainda poderiam ser antecipada­s, segundo relatos da imprensa israelense neste fim de semana, devido a outro fator: a tensão entre o Likud e o Todos Nós, do ministro da Economia, Moshe Kahlon.

No centro da crise na coalizão governista está a disputa sobre a reforma da rádio e TV públicas de Israel. Netanyahu anunciou no sábado (18) que mudou de ideia e não irá mais apoiar a substituiç­ão do órgão estatal, como defende o partido de Kahlon, e sim uma reforma.

Em uma reunião do gabinete, Netanyahu teria ameaçado dissolver o governo se a legenda de Kahlon não apoiasse a posição governista.

Por trás desse movimento, dizem opositores, estaria a oportunida­de para o primeiro-ministro escapar dos possíveis indiciamen­tos da Justiça, que seriam vistos como uma tentativa de interferên­cia no processo eleitoral.

No páreo em caso de uma nova eleição, estariam ainda dois nomes da extrema direita que integram o governo: o ministro da Educação, Naftali Bennet (Casa Judaica), e o ministro da Defesa, Avigdor Liberman (Israel Nossa Casa).

“Eu não me apressaria em enterrar politicame­nte Netanyahu. Ele sabe dar a volta por cima. Mas certamente há uma movimentaç­ão política sobre o dia seguinte e ele está enfrentand­o a luta de sua vida”, afirmou o analista político Sefi Ovadia à rádio 103FM.

Newspapers in Portuguese

Newspapers from Brazil