Cynthia Viteri, do Partido Social Cristão, que ficou em terceiro lugar, com 16,17%.
DE BUENOS AIRES
A duas semanas do segundo turno da eleição presidencial no Equador, uma pesquisa divulgada neste sábado (18) pelo instituto Cedatos mostra queda de dois pontos do candidato oposicionista, Guillermo Lasso, e um aumento na intenção de voto no governista, Lenín Moreno.
Os números agora apontam para um empate técnico, no qual Lasso lidera com ligeira vantagem, 50,8% contra 49,2%, de Moreno.
O candidato da Aliança País, partido do presidente Rafael Correa, havia ganho o primeiro turno, no último dia 19 de fevereiro, com 39,3% contra 28% de Lasso.
Porém, durante a campanha deste segundo turno, o opositor virou o jogo a seu favor, conquistando eleitores dos seis candidatos que ficaram de fora da disputa. Tanto que a pesquisa anterior a esta, de final de fevereiro, já mostrava-o mais confortavelmente adiante, com 52%, contra 47% de Moreno.
Agora, o governista parece ter ganho fôlego, enquanto o opositor debilitou-se.
As últimas semanas mostraram uma maior polarização da campanha.
Por um lado, Moreno reforçou que seu governo seguirá com o alto gasto do Estado com benefícios sociais, inclusive prometendo a ampliação de programas nas áreas rurais —mais investimento em educação e aumento das aposentadorias para trabalhadores do campo.
Nas zonas de grande presença indígena, Correa vinha perdendo popularidade por conta da entrega de licenças para exploração de minas a empresas estrangeiras. AJUSTES Por seu lado, Lasso vem reforçando a ideia de cortar impostos, fazer ajustes no gasto público e convocar uma assembleia para desenhar uma nova Constituição.
Segundo ele, a atual, promulgada durante a gestão de Rafael Correa, deu demasiado poder ao Executivo e causou danos à institucionalidade do Equador.
Também reforçou que revisará a Lei de Comunicação e diminuirá a pressão que Correa exerce contra a imprensa, processando jornais e jornalistas, levando alguns a inclusive pedir asilo político em outros países.
Com isso, Lasso vem ganhando uma cobertura mais favorável à sua candidatura por parte dos grandes meios de comunicação.
Por sua vez, Correa tem rebatido dizendo que estes fazem uma “campanha suja” contra ele e seu candidato. APARIÇÕES Outro fator que pode ter pesado na balança é, justamente, um maior comprometimento do próprio Correa na campanha eleitoral.
No primeiro turno, seu apoio a Moreno foi discreto. Em suas declarações, dava como certa a vitória do herdeiro político num primeiro turno e anunciava um longo período sabático na Europa, de onde é sua mulher e onde vivem dois de seus três filhos.
Mas desde que Moreno não conseguiu vencer no primeiro turno —ele precisava ter atingido 40% e uma dife- rença de 10 pontos em relação a Lasso—, o presidente mudou de posição. Tem se envolvido mais na campanha e, em seus discursos, caracteriza Lasso como “o candidato do ajuste”.
Nas primeiras semanas, Lasso teve êxito em chamar para si eleitores dos candidatos derrotados, principalmente os da também direitista INDECISOS Agora, porém, o banqueiro, que já tentou ser presidente na eleição passada, em 2013, encontra dificuldades em avançar sobre o número de eleitores indecisos.
Segundo a pesquisa do instituto