Folha de S.Paulo

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FOLHA,

A vitória por 2 a 1 do Palmeiras sobre o Santos neste domingo (19), na Vila Belmiro, pela nona rodada do Campeonato Paulista, teve participaç­ão direta de Eduardo Baptista e serviu para colocar o treinador em um novo patamar no clube alviverde.

O técnico viveu um período difícil no clube. Comparado a seu antecessor, Cuca, campeão brasileiro em 2016, era muito contestado pela torcida. Principalm­ente após a derrota para o rival Corinthian­s quando tinha um jogador a mais em campo.

Porém, foi justamente nos clássicos que se reinventou.

Venceu o São Paulo por 3 a 0 com autoridade, no Allianz Parque, e neste domingo comandou o time a mais um triunfo importante, deixando o Palmeiras com a melhor campanha da competição, chegando a 21 pontos e se garantindo nas quartas de final.

As substituiç­ões realizadas por Baptista no segundo tempo mudaram a história da partida. O time perdia por 1 a 0 quando Róger Guedes, que substituiu Keno, lançou para Jean na área. O lateral bateu cruzado e contou com falha de Vladimir para empatar.

Logo depois, Guedes aplicou drible da vaca em Zeca e encontrou Willian livre na área. O atacante, que havia entrado em campo dez minutos antes no lugar de Zé Roberto, aproveitou e marcou o gol da vitória palmeirens­e aos 42 min do segundo tempo.

Mesmo transforma­ndo a partida com suas alterações, o técnico foi humilde.

“O mérito é deles, a gente passa uma estratégia, trabalha Os torcedores do Santos se revoltaram com mais uma derrota em clássico do clube e protestara­m fora da Vila Belmiro. Um grupo começou a vandalizar o portão principal do estádio e a Polícia Militar interveio com bombas de efeito moral e gás lacrimogên­eo. Uma mulher foi levada ao hospital por inalar o gás. Ninguém foi preso. isso, conversamo­s muito que o Santos se movimenta muito do lado direito, traçamos uma estratégia de marcar e jogar”, afirmou.

Do outro lado, Dorival Júnior está novamente pressionad­o. Seu time perdeu todos os clássicos da temporada e está fora da zona de classifica­ção para as quartas de final do Paulista no Grupo D.

Após a partida, o treinador santista classifico­u o resultado como “injusto” e destacou as ótimas defesas do goleiro palmeirens­e Fernando Prass. HERÓIS E VILÕES Os goleiros das duas equipes protagoniz­aram uma série de defesas importante­s, e foram os maiores responsáve­is pela ausência de gols até os 29 min do segundo tempo, quando Ricardo Oliveira aproveitou oportunida­de dentro da área para marcar.

O clássico na Vila Belmiro também teve um vilão para os santistas. O meia Vitor Bueno perdeu chance incrível no primeiro tempo quando, já sem goleiro, conseguiu errar o gol que parecia certo.

O jogo ficou marcado pelos encontros entre o meiocampis­ta Lucas Lima e o volante Felipe Melo em campo. O palmeirens­e ainda deixou o gramado fazendo dancinhas provocativ­as direcionad­as à torcida santista.

Com o resultado, o Palmeiras acabou com um jejum de 11 jogos sem vitórias sobre o Santos na Vila Belmiro, a última havia sido em 2011.

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