Para não apanhar, presos cantam ‘eu sou putinha’, diz OAB
COLABORAÇÃO PARA A FOLHA - A comissão de Direitos Humanos da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) de Vitória da Conquista (BA) relatou na última sexta (24) que durante revistas no presídio da cidade detentos são obrigados a, seminus, cantar versos em que se xingam e enaltecem a Polícia Militar. Quem não canta, apanha.
Pelo relato, presos eram forçados a cantar “eu sou putinha e a Caesg é barril”. Na gíria local, barril seria uma exaltação à Caesg, unidade especializada da PM. No presídio, dá suporte à segurança durante as revistas.
A Polícia Militar da Bahia disse que não há registro na Ouvidoria ou na Corregedoria de denúncia sobre a atuação de PMs no presídio e que disponibiliza um telefone gratuito e um site para receber queixas.
A Secretaria de Administração Penitenciária não se manifestou. O presídio tem capacidade para 513 internos e, segundo a OAB, não está superlotado.