ENTREVISTA Me chamaram porque levaram o Palmeiras ao caos
ALIADO DO PRESIDENTE E DA PATROCINADORA DO CLUBE, CARTOLA ACUMULA VITÓRIAS NOS BASTIDORES E DEFENDE CORTE DE DESPESAS
Folha - O senhor apoiou Galiotte na eleição e acumulou vitórias nos conselhos deliberativo e fiscal. Por que continua tendo tantos aliados no clube?
Mustafá Contursi - Durante alguns anos, fui hostilizado de forma até agressiva. E os que vieram depois de mim levaram o clube ao caos. Houve, então, um reconhecimento de que a minha geração tinha mais qualificação do que a que sucedeu. Os conselheiros e associados enxergaram isso. O clube regrediu muito em todos os setores. Eu não faço nada, não quero me envolver muito intensamente, mas tomo posição, sempre. Sou sócio do clube desde 1951, pertenço à diretoria desde 1965. A candidatura da Leila Pereira ao conselho do Palmeiras foi fundamentada em um título de sócia que você teria concedido a ela em 1996. Como foi essa circunstância?
A concessão de uma condição de [sócio] patrimonial remido é ato administrativo, e foi o que fiz em 1996. Por alguma razão, os documentos se extraviaram do clube, como já aconteceu com muitas outras coisas lá, até mesmo troféus, que foram parar em ferros velhos. Eu apenas atestei que em 1996 eu promovi o ato para atrair pessoas para o seio do Palmeiras. Criaram um cavalo de batalha porque era uma questão política que envolvia pessoas da gestão anterior. Foi um problema de relacionamento. Em 1996, eu achava que essas pessoas [José Roberto Lamacchia, dono da Crefisa, que também se elegeu conselheiro, e Leila Perreira, presidente da empresa e sua mulher] poderiam estar, no futuro, junto ao clube. O Zé Roberto [Lamacchia], pessoa da minha relação, era sócio vitalício, e não queria perder essa condição para adquirir um plano família. Por isso, concedi o título à esposa dele. Infelizmente, as pessoas do clube que estavam nesse processo já morreram. Se alguém
“fui hostilizado de Os que vieram depois levaram o