França responsabiliza Assad por ataque químico
DAS AGÊNCIAS DE NOTÍCIAS
A França afirmou nesta quarta (26) ter provas de que o ditador sírio, Bashar al-Assad, é responsável pelo ataque químico que matou ao menos 80 pessoas no início do mês no noroeste da Síria.
“Diante do horror deste ataque e das violações repetidas da Síria de seus compromissos de não voltar a utilizar as armas proibidas pela comunidade internacional, a França decidiu compartilhar com seus sócios e com a opinião pública mundial os relatórios que dispõe”, afirmou o chanceler francês, JeanMarc Ayrault.
Um relatório do serviço de inteligência francês constata “sem dúvidas” a utilização de gás sarin no episódio, conforme já demonstravam autópsias feitas anteriormente em corpos de vítimas do ataque. Segundo o documento, foram encontrados rastros de hexamina, um produto estabilizador que seria a “assinatura” do regime sírio na produção das armas químicas.
“Este método de fabricação é o utilizado pelo CPECS (Centro de Pesquisa e Estudos Científicos da Síria) para o regime sírio”, diz o relatório.
Damasco nega envolvimento no ataque mais recente e diz que entregou em 2013 a autoridades internacionais todo seu arsenal de armas de destruição em massa.
A Rússia, principal aliada de Assad, criticou o relatório francês, dizendo que os indícios sobre o material utilizado no ataque químico não são suficientes para descobrir quem é o responsável.
Uma pesquisa divulgada nesta quarta (26) mostra que a primeira-ministra britânica, Theresa May, pode sair da eleição de junho com uma votação maior do que a da também conservadora Margaret Thatcher (1925-2013) no auge de sua popularidade, quando foi reeleita em 1983.
Se o pleito fosse hoje, o Partido Conservador, de May, teria 49% dos votos contra 26% dos trabalhistas, de Jeremy Corbyn. Terceiro, o Partido Liberal-Democrata, tem 13%, e os demais somam 13% (os dados são arredondados).
Feito no início da campanha, o levantamento não reflete os primeiros enfrentamentos eleitorais. Mas indica que May estava certa ao antecipar a eleição para conquistar uma sólida maioria parlamentar, evitando o risco de sua popularidade despencar nos próximos dois anos, quando estará negociando o “brexit” —a saída britânica da União Europeia.
A pesquisa, feita pelo instituto Ipsos, não projeta a maioria parlamentar que poderá sair das urnas. O sistema eleitoral britânico é distrital: quem ganha a eleição em um distrito, mesmo que por um voto, faz o deputado dessa localidade. Assim, partidos menores tendem a ter sua expressão reduzida.
É possível que os Conservadores façam 2/3 dos 650 membros do Parlamento. Foi assim na vitória do trabalhista Tony Blair, em 1997, quando pouco mais de 50% dos votos se converteram em cerca de 420 deputados.
Indagados “Qual líder partidário é mais preparado para primeiro-ministro”, May fez 61% contra 23% de Corbyn. É o maior índice desde os anos 1970, quando a pergunta começou a ser feita.