Complexo do Alemão tem baleado e protesto após morte
Novo tiroteio, ainda não esclarecido, deixou uma pessoa ferida na zona norte do Rio; moradores fizeram ato depois de enterro de garoto
Moradores do complexo do Alemão, conjunto de favelas na zona norte do Rio, chegaram a ter uma tarde sem tiroteios, mas os disparos voltaram a ocorrer na noite desta quarta (26). Pelo menos uma pessoa foi baleada.
As circunstâncias ainda não foram esclarecidas pela Policia Militar e não há informações sobre a vítima.
Durante a tarde, moradores protestaram após o enterro do adolescente Paulo Henrique Oliveira de Moraes, 13, e fecharam a estrada do Itararé, que dá acesso ao conjunto de favelas.
A Polícia Militar reprimiu a manifestação com bombas de gás lacrimogêneo e tiros de bala de borracha. Mais tarde, por voltas das 20h10, quando o protesto já havia sido dispersado, disparos de arma de fogo foram registrados no complexo.
Os conflitos recentes na região já deixaram pelo menos quatro mortos. Na sexta-fei- ra (21), dia da morte de Paulo Henrique, e outras três pessoas também morreram.
O Bope (Batalhão de Operações Especiais) da Polícia Militar vinha realizando operações para instalar uma torre blindada no alto da favela Nova Brasília, dentro do complexo. A torre foi finalmente instalada na terça (25).
A violência deixou marcas LOCAL DA TORRE
Linha do teleférico
também nos imóveis. Um deles, próximo ao local de instalação da torre, acumulava dezenas de marcas de tiros.
Principal ícone da política de pacificação dos morros do Rio, o Alemão, que foi ocupado de modo cinematográfico em 2010, tem sido cenário de confrontos diários entre polícia e traficantes desde o início de fevereiro.
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Comando das UPPs do Rio RIO DE Centro JANEIRO Cristo Rendentor