O SOBREVIVENTE MEU FILHO LEVOU NA BOA, MAS EU, NÃO
No início de 2015, a empresária Fernanda Leão desconfiou de que as manchas no corpo do filho Rafael, de seis anos, não eram machucados comuns. Era leucemia, e ela viu sua vida virar do avesso. Já Rafael levou na “boa”. Ficou feliz ao não ter de ir à escola e, diz a mãe, “não reclamava nem chorava”.
Para a empresária, foi como se aquele ano não tivesse existido. “Não podíamos sair de casa ou receber visitas por causa da imunidade do Rafa. Olho para trás e não sei como consegui.” O garoto não faz mais quimioterapia, mas segue o tratamento. “Agora, mais velho, ficou um pouco saturado. Fica tenso para tirar sangue e, às vezes, bravo por não pode fazer nada, mas aceita.”