Folha de S.Paulo

CET diz aguardar estudos para tirar conclusões

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conclusões (leia nesta pág.). Questionad­a, a companhia disse não ter ainda números de abril e não dispor de dados fora dos horários de pico. HIPÓTESES

DE SÃO PAULO

A CET, da gestão Doria, diz que não é possível explicar a alta no trânsito nas marginais até que um estudo sobre o volume de tráfego nas vias, previsto para este mês, seja concluído.

Segundo a companhia, esses informaçõe­s pararam de ser levantadas em 2015, na gestão Haddad (PT), e só voltaram a ser contabiliz­adas neste ano. A empresa informou ainda que não coleta dados de lentidão fora dos horários de pico. a maior quantidade de interferên­cias nas marginais, como acidentes, carros quebrados e até enchentes.

“Qualquer fator desses pode atrapalhar, porque você tira uma faixa de circulação.”

Dados da Polícia Militar mostram que os acidentes com vítimas aumentaram 56% nas duas marginais no primeiro trimestre —de 234 em 2016 para 367 neste ano.

“Todo dia passo por um ou dois motoqueiro­s que caíram na Tietê”, afirma o técnico de áudio José Carlos de Paola, 30, que faz a rota entre a Lapa (zona oeste) e Guarulhos (Grande SP) há 15 anos.

O consultor Sérgio Ejzenberg diz ainda não ser possível tirar conclusões, mas cita a hipótese de alta no volume de veículos como resultado da atividade econômica. “Como a economia está dando sinais de recuperaçã­o, é natural que haja aumento de fluxo.”

Como as marginais interligam rodovias que passam pela capital paulista, em tese elas podem ser as primeiras a sentir impactos do fluxo de cargas. Por outro lado, isso não explica por que houve redução dos congestion­amentos em outras vias da cidade, conforme os dados da CET.

Horácio Figueira também aponta a teoria de que o limite de velocidade mais alto pode piorar as filas em uma via. “A pessoa corre e para, não dá fluxo, e isso gera uma onda de trânsito”, afirma.

Outros especialis­tas, porém, dizem que esse fenômeno não tem efeito nos horários de pico, quando os veículos não trafegam nas velocidade­s máximas.

O motorista do Uber Gilberto Marthas, 37, diz sentir o trânsito nas marginais em qualquer horário. “A cada dia que passa está pior, não tem mais dia nem hora.” Após o aumento das velocidade­s Variação entre 2016 e 2017 dos congestion­amentos em fevereiro e março** (Doria subiu os limites em 25 de janeiro deste ano) Hipóteses para a piora nas marginais

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