Comadre de papel reciclado começa a ser testada em hospitais do país
Não se espante se chegar a um hospital e se deparar com comadres e papagaios feitos de papel reciclado. Um sistema de coletores biodegradáveis de urina e fezes está sendo apresentado na Feira Hospitalar, em São Paulo, e testado em hospitais do país.
Depois de usado, o material é descartado em uma máquina que o tritura—junto com os detritos—e faz o tratamento de limpeza antes de tudo ser jogado no esgoto.
Utilizado em 50 países do mundo, inclusive no Reino Unido, onde é usado em 94% dos hospitais, o sistema tem reduzido o risco de infecções por meio de bactérias que resistem aos processos de desinfecção de coletores de plástico ou aço, que precisam ser lavados após o uso.
Segundo Ricardo Mistrone, diretor da Zarek, distribui- dora do produto no Brasil, os coletores são produzidos com jornais limpos e reciclados.
Mas por que apenas agora o Brasil está testando esses coletores? Para Mistrone, a razão está no fato de o país só ter demonstrado mais consciência de preservação ambiental nos últimos anos.
Segundo estudos da fabricante, o sistema utiliza 96,5% menos energia e 60% menos água que os outros coletores.
No processo tradicional, é preciso despejar a urina e as fezes no vaso sanitário, acionar a descarga e lavar os recipientes de plástico ou aço.
Já os coletores utilizam muito menos água e energia