Folha de S.Paulo

Comadre de papel reciclado começa a ser testada em hospitais do país

- CLÁUDIA COLLUCCI

Não se espante se chegar a um hospital e se deparar com comadres e papagaios feitos de papel reciclado. Um sistema de coletores biodegradá­veis de urina e fezes está sendo apresentad­o na Feira Hospitalar, em São Paulo, e testado em hospitais do país.

Depois de usado, o material é descartado em uma máquina que o tritura—junto com os detritos—e faz o tratamento de limpeza antes de tudo ser jogado no esgoto.

Utilizado em 50 países do mundo, inclusive no Reino Unido, onde é usado em 94% dos hospitais, o sistema tem reduzido o risco de infecções por meio de bactérias que resistem aos processos de desinfecçã­o de coletores de plástico ou aço, que precisam ser lavados após o uso.

Segundo Ricardo Mistrone, diretor da Zarek, distribui- dora do produto no Brasil, os coletores são produzidos com jornais limpos e reciclados.

Mas por que apenas agora o Brasil está testando esses coletores? Para Mistrone, a razão está no fato de o país só ter demonstrad­o mais consciênci­a de preservaçã­o ambiental nos últimos anos.

Segundo estudos da fabricante, o sistema utiliza 96,5% menos energia e 60% menos água que os outros coletores.

No processo tradiciona­l, é preciso despejar a urina e as fezes no vaso sanitário, acionar a descarga e lavar os recipiente­s de plástico ou aço.

Já os coletores utilizam muito menos água e energia

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Divulgação Papagaio para coletar urina, feito de papel reciclado, é testado em hospitais do país

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