Multa da JBS é menos de 60% do lucro líquido do ano passado
março, a retração é de 12,4%.
“Tivemos um alento com o pequeno sinal de recuperação da economia [alta de 1,1% na prévia do PIB], mas agora voltamos ao compasso de espera”, diz Carlos Goulart, presidente-executivo da entidade.
“Se a economia vai mal, o setor público, sobretudo, compra itens de consumo e adia aportes em equipamentos.”
Se confirmada, a multa que a JBS terá que desembolsar no acordo de leniência com o Ministério Público, de R$ 225 milhões, será o equivalente a uma fração de menos de 60% do lucro líquido de 2016, de R$ 376 milhões.
Até agora, foram firmados dez acordos em decorrência das investigações da Lava Jato. Há informações públicas sobre sete deles.
O acerto do grupo Camargo Corrêa, considerado favorável à construtora por especialistas de mercado, foi de R$ 700 milhões.
Em 2016, a companhia lucrou R$ 124,6 milhões e, se usar o valor integralmente para pagar a dívida com o Ministério Público, precisaria de mais de cinco anos. O prazo acordado foi de oito anos.
As maiores multas foram as da Odebrecht e da Braskem —mais de R$ 3 bilhões cada.
A Braskem teve lucro líquido de R$ 1,8 bilhão no primeiro trimestre —ela precisa pagar menos do que o dobro disso em penalidade.
O último dado anual da Odebrecht é de 2015, um prejuízo de R$ 300 milhões.