Indireta com Meirelles é a preferência do mercado
Entre executivos do mercado financeiro e empresários ouvidos pela coluna, o nome de Henrique Meirelles, ministro da Fazenda, foi o mais mencionado para um cenário de renúncia ou cassação do presidente Michel Temer.
A visão predominante é que se deve seguir a Constituição, que determina a eleição indireta após 30 dias de vacância da presidência.
O ideal, avaliam, seria uma decisão rápida. Eleições diretas tomariam muito tempo e jogariam um país em mais incerteza e turbulências.
Meirelles seria o nome ideal para que o empresariado atenuasse seu sentimento de “morrer na praia”, depois de o país começar a sentir sinais de recuperação da economia e de chegar tão perto de ver aprovadas as reformas trabalhista e da Previdência.
Embora a articulação política para o avanço das reformas tivesse ficado com o presidente e outros ministros, a avaliação é que Meirelles teria condições de ampliar seu papel.
O fato de Meirelles ter sido presidente do conselho de administração da J&F (holding da JBS), não seria um obstáculo, segundo executivos.
O importante é não pôr a perder o trabalho da equipe econômica, que colocou o país no rumo certo, aprovar as reformas, e não afundar em um caos, opinam. Além das especulações, foi um dia de parar tudo, repensar —e adiar— investimentos e emissões.