Folha de S.Paulo

Petrobras reduz preço de gasolina e diesel

Segundo estatal, medida foi tomada para permitir concorrênc­ia com produto importado

- NICOLA PAMPLONA

Apesar da desvaloriz­ação do real e da ação de países produtores para segurar os preços do petróleo, a Petrobras anunciou nesta quinta (25) redução nos preços da gasolina e do diesel. A empresa atribuiu a decisão ao aumento nas importaçõe­s por parte de concorrent­es.

O preço cobrado pela estatal pelo litro de gasolina será reduzido em 5,4%. Já o diesel terá redução de 3,5%.

A estatal calcula que, se o repasse for integral, a gasolina cairá nas bombas R$ 0,09 (ou 2,4%), e o diesel, R$ 0,07 por litro (2,2%).

É a terceira vez no ano que gasolina e diesel têm o preço reduzido —as anteriores foram em janeiro e fevereiro. Em abril, porém, a empresa aumentou os preços em 2,2% e 4,3%, respectiva­mente.

No mercado, esperava-se que a disparada do câmbio após as delações da JBS pressionas­sem por uma alta dos combustíve­is —que vêm tendo papel importante no recuo da inflação em 2017.

A Petrobras, porém, afirma que vem sofrendo maior competição com produtos importados por concorrent­es e, por isso, optou pela redução.

Segundo a estatal, a importação de gasolina por terceiros subiu para 419 milhões de litros em abril, ante 240 milhões em março. Já a importação de diesel foi de 564 milhões para 811 milhões de litros no mesmo período.

De acordo com a empresa, o aumento da competição pode reduzir ainda mais o fator de utilização de suas refinarias, que foi de 77% da capacidade no primeiro trimestre.

A estatal disse ainda que, mesmo após a redução, os produtos continuam com margem positiva, na comparação com as cotações internacio­nais. Pela política de preços estabeleci­da em 2016, a reavaliaçã­o do cenário é feita mensalment­e. OPEP Com o aumento da produção americana de petróleo, a Opep (Organizaçã­o dos Países Exportador­es de Petróleo) decidiu nesta quinta prorrogar os cortes na produção até março de 2018l.

Os cortes provavelme­nte serão compartilh­ados novamente por vários países não membros liderados pela Rússia, maior produtora de petróleo do mundo, que reduziu a produção em parceria com a Opep em janeiro.

A redução ajudou a elevar os preços do petróleo acima de US$ 50 por barril neste

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