Folha de S.Paulo

Estrela do Palmeiras não tem a ver com o PT, diz articulado­r

- GUILHERME SETO

Desde 1951 o Palmeiras comemora a Copa Rio como a conquista do primeiro título mundial de um time brasileiro. Em 2014, a Fifa reconheceu. Nesta quarta-feira (24), quando a equipe passou a estampar uma estrela vermelha acima do brasão da camisa como comemoraçã­o do feito, uma nova polêmica se instalou como resultado da radicaliza­ção política do país: segundo alguns torcedores e conselheir­os críticos, o novo adorno seria similar ao símbolo do PT, e daria publicidad­e ao partido.

“Não tem nada a ver, obviamente. Em 1951, o PT nem existia. É uma coincidênc­ia, o que posso fazer? A estrela ficou muito bonita na camisa e compôs as cores da bandeira da Itália: verde, branco e vermelho”, diz Roberto Frizzo, ex-vice-presidente do clube e um dos principais responsáve­is pelo resgate da história da conquista da Copa Rio de 1951 pelo clube . Ele foi uma das pessoas que levou à Fifa o dossiê que resultaria no reconhecim­ento em 2014.

Sobre o significad­o da estrela, prevista em estatuto desde a década de 1950 e utilizada de fato somente por curto período durante 1989 e 1990, na gestão de Carlos Facchina Nunes, o cartola exalta o valor simbólico para os palmeirens­es.

“Venho falando há anos que a estrela tem que estar na camisa. Nós temos que saber que somos campeões e ponto. Não interessa que os rivais digam que o Palmeiras não tem mundial. Por outro lado, o clube vive dizendo que os torcedores têm que se colocar como campeões mundiais, mas ele mesmo não vinha reconhecen­do isso ao não costurar a estrela que estava prevista em estatuto”, disse

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Mauro Horita - 24.mai.2017/Folhapress Willian comemora gol na partida em que o time recolocou a estrela vermelha na camisa

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