Nosso direito fica mais claro, diz Chapecoense
DE SÃO PAULO
O vice-presidente jurídico da Chapecoense, Luiz Antonio Palaoro, afirmou que os direitos do clube ficam mais evidentes após a divulgação dos documentos de que a apólice acertada pela LaMia com a seguradora Bisa não estava válida no dia do acidente.
“Não é possível atrasar o pagamento da apólice e ninguém falar nada. Esses documentos estão vindo a nosso favor. Nossos direitos ficam mais evidenciados”, disse Palaoro em entrevista à Folha.
Ele também comentou sobre a apólice que foi renovada pela empresa em abril de 2016, mas que não constava a Colômbia, local do acidente, como um dos países com cobertura.
“É uma outra irregularidade, que as autoridades deveriam saber através de notificação da seguradora. A LaMia e a seguradora são as responsáveis”, afirmou o dirigente do clube.
Palaoro também descartou qualquer culpa do clube catarinense. “Ninguém embarca em um avião perguntando se o seguro está em dia”.
Logo após o acidente, a equipe afirmou que contratou a empresa boliviana porque outros times e até seleções, como a Venezuela e a Argentina, já tinham usado o serviço.
O clube também havia viajado com a companhia e usado a mesma aeronave no duelo contra o Junior Barranquilla, na Colômbia, pelas quartas de final da Copa Sul-Americana.
Palaoro afirmou também que aguarda agora a conclusão do inquérito sobre o acidente para tomar as medidas necessárias.
Em dezembro, a Aeronáutica Civil da Colômbia divulgou um laudo preliminar e considerou o plano de voo irregular, a omissão do piloto sobre a situação dos motores da aeronave e, principalmente, a falta de combustível, como os principais motivos para a queda do avião.