Folha de S.Paulo

Drones decolam em universida­des fora dos centros

Companhias instaladas em vizinhança de campi querem imitar modelo americano do Vale do Silício

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FOLHA

Boa parte das empresas de equipament­o e de software para drones está instalada bastante próxima a universida­des, especialme­nte no interior agrícola do país.

Capitais como Recife, Florianópo­lis e Curitiba se intitulam “Vales do Silício” brasileiro­s. Nessas cidades, parcerias realizadas entre universida­des, empresas e governo buscam atrair e incubar companhias inovadoras, como ocorreu com as empresas criadas em torno da universida­de Stanford, na Califórnia.

Apenas mais tarde é que essas empresas buscam mercados maiores, como por exemplo o de São Paulo.

Foi em Florianópo­lis, cidade apontada como a mais inovadora do país pela Endeavor, que a empresa Hórus começou a fabricar seus drones.

Criada em 2014 por ex-alunos da Universida­de Federal de Santa Catarina, a start-up fabrica drones para utilização principalm­ente na agricultur­a e topografia.

Thiago Tomé, um dos diretores da Hórus, afirma que a empresa recebeu um aporte de R$ 3 milhões do fundo SPVentures. Agora, ainda no final deste mês, deve abrir uma filial em Piracicaba, no interior de São Paulo.

Eles se instalam na Usina de Inovação Monte Alegre, onde outras empresas de tecnologia voltada para o agronegóci­o já operam. É mais uma tentativa de emular o vale california­no.

Novos pólos têm pipocado em vários pontos do Brasil. Estudantes da Unifei (Universida­de Federal de Itajubá), de Minas Gerais, estiveram na feira de drones com a equipe Black Bee, um grupo multidisci­plinar formado por acadêmicos de engenharia, ciência da computação e administra­ção, entre outros cursos.

A Unifei é uma universida­de recente. Embora fundada a partir de um centenário inseletrot­écnico tituto do interiMina­s, or de ganhou status de universida­de há 15 anos.

João Pedro Rufino Alves, capitão da equipe, conta que eles fazem tudo, desde o prodo jeto drone até o treinamens­oftware to do para reconheima­gens. cer Apesar da falta de recursos na universida­de pública, a equipe financia seus projetos por meio de patrocínio­s e parcerias.

O capitão anterior, já formado, trabalha em uma fabricante de drones. Outros membros da equipe foram sondados por empresas dua rante feira, para possível contrataçã­o. (MARCELO SOARES)

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