Abbas bloqueia sites de notícias e mídia social
DA ASSOCIATED PRESS
O presidente palestino, Mahmoud Abbas, restringiu sites de notícias e redes sociais na Cisjordânia com um decreto apontado por críticos como tentativa de “encarcerar qualquer acusado de prejudicar a unidade nacional”.
Ativistas de direitos humanos afirmam que o decreto, emitido sem debate público, é uma das medidas mais significativas de Abbas para restringir a liberdade de expressão nos enclaves palestinos autônomos da Cisjordânia.
Segundo um promotor palestino, o decreto não visa sufocar a dissidência. Ele afirmou que uma nova lei sobre crimes eletrônicos é necessária para fechar lacunas que, no passado, permitiam que infratores ficassem impunes.
Em julho, o governo bloqueou 30 sites, segundo o Centro Palestino para o Desenvolvimento e as Liberdades de Mídia. A maioria apoiava dois dos principais rivais de Abbas —Mohammed Dahlan e a milícia Hamas.
Cinco jornalistas que trabalhavam para meios de comunicação ligados ao Hamas foram presos nesta semana, acusados de violar a nova lei, de acordo com a associação de jornalistas palestinos. Outros quatro foram convocados para interrogatórios sobre postagens antigoverno.
Um dos convocados, o repórter fotográfico Fadi Arouri, que trabalha para a agência chinesa Xinhua, disse que recebeu mensagens no Facebook em que autoridades estariam preocupadas com “expressões que podem levar à desordem na sociedade”.
O chefe da Comissão Independente Palestina para os Direitos Humanos, Ammar Dweik, disse que a lei é “uma das piores” desde que o governo palestino foi criado, em 1994.
É “um grande revés para as liberdades na Cisjordânia”, disse Dweik, citando a definição vaga dos delitos e a autoridade dada às forças de segurança.
Grupos de direitos humanos acusam Abbas e seu antecessor, Yasser Arafat (1929-2004), de restringir as liberdades e de se envolverem em violações de direitos humanos, como prisões arbitrárias.
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