Folha de S.Paulo

O biólogo e consultor ambiental Álvaro Borba Júnior, afirma que a possibilid­ade de desapareci­mento em definitivo

- Bado (12), ao meio-dia, na Paróquia do Santíssimo Sacramento, r. Tutóia, 1.125, Paraíso. ALAYDE TOLEDO SILVA PINTO - Neste domingo (13), às 11h, na Paróquia Sta. Generosa, av. Bernardino de Campos, 360, Vila Mariana. JOSÉ ROBERTO DA CRUZ LEITE ERMEL- na P

COLABORAÇíO PARA A EM MACEIÓ

Às margens da lagoa Mundaú, em Maceió, uma quadra antes cheia de pessoas vendendo sururu agora está abandonada. Sentada no local, Verônica Alves dos Santos, 47, ainda tenta manter a esperança, mas está apreensiva com o desapareci­mento do produto, uma referência da culinária alagoana e bem cultural do Estado.

A diminuição do nível da salinidade da lagoa fez o animal desaparece­r, o que deixou 3.000 famílias (cerca de 11 mil pessoas) sem renda.

Mãe de cinco filhos, Verônica diz que aprendeu o ofício com a avó e a mãe e depois ensinou aos filhos. Agora não sabe o que vai fazer se ele não reaparecer. “Sem estudo, quem vive do sururu não sabe fazer outra coisa.”

Os pescadores de sururu não recebem o seguro-defeso —espécie de seguro-desemprego pago pelo INSS a pescadores artesanais— porque o molusco não está entre as espécies ameaçadas e, portanto, cobertas pelo benefício.

Antes, a pesca e a venda do sururu chegavam a render R$ 200 por dia às famílias. Para fazer isso, os pescadores mergulhava­m até o fundo da lagoa e capturavam o animal com a mão. Em terra ele é lavado, retirado das ostras, limpo e fervido, antes de ser levado ao consumidor.

Presente em praticamen­te todos os Estados do Nordeste e no Espírito Santo, o sururu é um molusco bivalve (inserido entre duas conchas) que precisa de um teor de salinidade entre 12 ppm (partes por mil) e 30 ppm para sobreviver. Na lagoa Mundaú esse teor chegou a zero devido ao grande volume de água doce.

O excesso de chuvas nos últimos dois meses é apontado como a principal causa do desapareci­mento do sururu nas lagoas Mundaú e Manguaba, também na região metropolit­ana. Somente nos meses de maio e junho choveu em média 83% do esperado para todo o ano, segundo a Defesa Civil de Maceió. A lagoa da cidade de Roteiro (a 60 km da capital) também foi afetada.

Até agora o problema está restrito a Alagoas, não há casos no restante do Nordeste.

Com o sumiço do animal, apenas os pescadores que possuem rede ainda conseguem capturar alguns tipos de peixes, como bagre e tainha —que rendem entre R$ 10 e R$ 50 por dia.

O pescador João Alves de Amorim, 58, diz que, mesmo com as redes, não está conseguind­o nada. Por isso o barco passa mais tempo ancorado do que navegando.

A maior parte das famílias está sobreviven­do da reciclagem do lixo e de doações. Alguns Neste domingo (13), às 18h30, buscaram as colônias de pescadores atrás de bicos, como pedreiro e pintor.

O casal Jaciara Luciano dos Santos, 48, e Washington Diniz Machado, 60, sobrevive dessas doações para completar a renda da pesca bagre.

O governo estadual não tem um plano imediato para evitar SHLOSHIM - CEMITÉRIO ISRAELITA DO BUTANTÃ

Neste domin- a extinção do molusco, diz o coordenado­r de Gerenciame­nto Costeiro do IMA (Instituto do Meio Ambiente), Ricardo César. Segundo ele, estão sendo feitos estudos para criar um plano de ação.

Ele defende que a solução é uma dragagem para a entrada da água do mar no leito do go (13), às 11h30, set. R, quad. 399, MATZEIVA - CEMITÉRIO rio, aumentado da salinidade. A última vez que uma draga abriu o caminho do mar para a lagoa foi na década de 1990. DESAPARECI­MENTO ISRAELITA DO BUTANTÃ SHLOSHIM - ISRAELITA DO EMBÚ CEMITÉRIO YURTZAIT-CEMITÉRIOI­SRAELITA DO BUTANTÃ

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