Para ministro, afirmação é fantasiosa
DE BRASÍLIA
Em nota, Eliseu Padilha disse que “é inverídica e fantasiosa a afirmação de que o ministro teria monitorado as chances de Lúcio Funaro fazer um acordo com a Procuradoria-Geral da República através dos advogados Antônio Claudio Mariz, Eduardo Ferrão e Daniel Gerber”.
Segundo o comunicado, Padilha só conheceu Mariz no final de maio deste ano. Ele disse ainda que a relação “com Eduardo Ferrão é de larga data” e que, “ao que sabe, o escritório de advocacia do dr. Ferrão não advogou, nem advoga, para Funaro na Lava Jato”.
Sobre Gerber, Padilha afirma que só o contatou após ele deixar a defesa de Funaro. “Nunca, a nenhum destes advogados, o ministro solicitou monitoramento do que fazia ou não fazia Funaro, pessoa com a qual nunca teve nenhum contato, como também não o conhece.”
O advogado Mariz de Oliveira negou que tenha avisado o Palácio do Planalto sobre o interesse de Funaro em delatar. Ele afirmou que recebeu um telefonema do operador xingando-o devido ao suposto vazamento, mas que logo depois Funaro ligou “pedindo desculpas” e dizendo que não era ele que tinha dado informação.
Mariz afirmou que na época já havia se desligado da defesa de Funaro e devolvido a ele parte dos honorários.
Daniel Gerber, que chegou a advogar para Funaro e hoje é processado por ele, disse que quando o defendia ofereceu aos procuradores proposta de delação.
“Não apenas sondei Funaro sobre o interesse em fazer delação como o aconselhei a falar há um ano. Se tivesse me ouvido naquela época ele já estaria solto”.
O advogado Eduardo Ferrão negou ter falado com Funaro sobre delação. Disse que advoga para ele em algumas causas cíveis, mas não tem contato com o operador “há muito tempo”.