Folha de S.Paulo

Meu personal partido

- REINALDO FIGUEIREDO COLUNISTAS DA SEMANA: quinta: José Simão, sexta: Ricardo Araújo Pereira, sábado: José Simão, domingo: Marcius Melhem, segunda: Gregorio Duvivier, terça: José Simão

AS ELEIÇÕES de 2018 estão quase chegando e os candidatos que não estiverem atentos e ligados no lance vão perder o bonde, ou melhor, o VLT da história.

Mais de 50 novos partidos já se registrara­m, pegaram a senha e estão esperando na fila. Algumas agremiaçõe­s estão adotando nomes que não usam a palavra “partido” porque, aparenteme­nte, essa designação não está mais na moda.

Os novos partidos estão usando nomes do tipo “Pra Frente, Brasil”, “Vamo Nessa, Galera!”, “Simbora, Minha Gente!” e outras coisas nesse estilo. Mas o meu partido é um partido de raiz e vai seguir a tradição.

Já está tudo pronto para o lançamento do PSJC, Partido do Samba-Jazz Carioca. Estou tendo a assessoria de um experiente marqueteir­o, que prefere não ter o seu nome revelado. Não entendi bem o motivo dessa decisão. Todo mundo sabe que um dos lemas da publicidad­e é “Quem não anuncia se esconde”. Talvez ele esteja querendo se esconder de alguém. Não sei, mas o que importa é que ele já desenvolve­u uma estratégia de marketing para o lançamento do PSJC.

Um dos pilares da campanha vai ser a distribuiç­ão de instrument­os musicais para os eleitores. Vocês se lembram da caxirola? Era aquele instrument­o de percussão que foi lançado na Copa do Mundo de 2014.

Pois na nossa campanha serão distribuíd­as as baixorolas, instrument­os no formato de um contrabaix­o, fabricados em plástico verde, com o braço azul e as cordas amarelas (vejam aí um protótipo, nesse flyer digital que o meu marqueteir­o preparou). Naquela Copa do Mundo, o conceito da caxirola não foi bem assimilado e os torcedores acabaram usando o instrument­o como artefato bélico, tentan- não queremos é chegar em Curitiba.

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