O fim do congestionamento
As pessoas não precisam ter as coisas para desfrutá-las. Cada vez mais elas preferirão usar carros por aplicativos, em vez de ser donas deles
Cheguei ao Brasil há quase sete anos. Amo este país. Mas sofro com este trânsito maluco, os 12 milhões de moradores de São Paulo e eu. Passamos sufoco porque as cidades se planejaram para os carros. Na capital paulista, 25% da área construída é dedicada a estacionamentos.
Todo cidadão sente o custo do transporte no Brasil. As famílias gastam 20% da renda com isso, despesa equivalente a 17% do salário mínimo em São Paulo e no Rio —em Xangai, por exemplo, o número é de 4%. O alto custo se soma à falta de segurança. Em São Paulo, 35% das mulheres já sofreram assédio no transporte público.
A missão da 99 Táxis é tornar a mobilidade urbana mais barata, rápida e segura. Somente no primeiro semestre, recebemos centenas de milhões de dólares em investimentos. As grandes cidades brasileiras estão atraindo o capital internacional porque o problema do trânsito vai ser resolvido.
Sim, as cidades podem ser mais vivas, agradáveis e seguras. Temos sinais concretos de que passamos por uma revolução em termos de mobilidade urbana.
A transformação começa com as próprias pessoas. Elas não precisam possuir as coisas para desfrutá-las. Cada vez mais os indivíduos vão preferir utilizar carros, em vez de ser donos deles.
O carro não é mais símbolo de liberdade. Ao contrário: tem se tornado um fardo. Pesquisa da Box 1824 mostrou que só 3% dos jovens do Brasil, entre 18 e 24 anos, desejam comprar carros e motocicletas. Pedir um transporte por um aplicativo sempre que quiser e onde estiver, e chegar aonde você precisa da melhor maneira possível. Esta é a opção mais rápida e mais barata.
Como consequência, quanto mais usarmos carros (em vez de comprálos), menos carros circularão. Para cada duas pessoas que compartilharem suas rotas, teremos um carro a menos por aí.
Em dez anos, as grandes cidades brasileiras terão menos trânsito, poluição e estacionamentos. E serão mais seguras. A segurança precisa ser construída com o esforço de todos. A 99 Táxis mapeia áreas de riscos, envia alerta aos motoristas e tem um 0800 dedicado para apoiar os usuários 24 horas por dia, 7 dias por semana. Monitoramos corridas e investimos pesado em tecnologias que previnem a violência.
Empresas como a 99 podem e devem colaborar com os governos. Hoje, em Jinan, na China, nosso parceiro DiDi Chuxing já opera semáforos inteligentes, melhorando a velocidade do trânsito em 20%.
Sonhamos em fazer algo assim nas grandes cidades brasileiras. Questões que afetam a vida de milhões de brasileiros serão resolvidas de forma colaborativa por empresas de tecnologia, governos e sociedade. O futuro já começou. PETER FERNANDEZ
Gilmar ataca outra vez! Não deveria estar constrangido com a atuação da PGR, mas com a sua própria. Figura cômica, sem noção do cargo que ocupa, comporta-se como menino mal-educado e grosseiro, atacando a esmo para esconder sua parcialidade e falta de argumentos para defender o indefensável. Parabéns ao ministro Fachin pela elegância na resposta a mais um destempero dessa figura ridícula.
ANAMARIA MOLLO DE CARVALHO
LEIA MAIS CARTAS NO SITE DA FOLHA - SERVIÇOS DE ATENDIMENTO AO ASSINANTE: OMBUDSMAN: Drogas A SPTC esclarece que, ao contrário do informado em “Polícia de SP ganha aval para dizer que droga ‘não é droga’” (“Cotidiano”, 12/9), não faltam recursos para a compra de equipamentos ou padrões de comparação antidrogas, tampouco para a emissão de laudos. Os laboratórios e peritos do órgão estão entre os melhores do país e frequentemente colaboram com a Anvisa para a identificação de novas drogas. Diferentemente do divulgado, a portaria 143 veio justamente para suprir uma falha na legislação que garantia a inocência a traficantes que vendem drogas ainda não classificadas pela agência.
IVAN DIEB MIZIARA,