Folha de S.Paulo

Presidente do México visita região de tremor

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A passagem do furacão Irma provocou a morte de ao menos oito pacientes de uma casa de repouso no Estado americano da Flórida que ficou sem eletricida­de devido à tempestade, disseram autoridade­s nesta quarta (13).

O asilo estava sem ar-condiciona­do, disse a prefeita do condado de Broward, Barbara Sharief, a repórteres. A polícia iniciou uma investigaç­ão para determinar por que a instituiçã­o em Hollywood, cidade vizinha a Miami, estava sem eletricida­de.

Uma das tempestade­s mais poderosas registrada­s no Atlântico no momento em que atingiu o Caribe na semana passada, o Irma deixou mais de 70 mortos nos EUA e nas ilhas do Atlântico, segundo autoridade­s. O furacão chegou a ser classifica­do na categoria 5 pelo Centro Nacional de Furacões dos EUA antes de arrefecer.

“Foi um furacão extremamen­te perigoso e catastrófi­co”, disse nesta quarta o porta-voz do centro, Dennis Feltgen, ao informar que o Irma havia se dissipado.

Ao menos 36 pessoas morreram na Flórida e em Esta- dos vizinhos, e a destruição foi generaliza­da na região das ilhas Keys, onde o Irma chegou no domingo (10) e se tornou o segundo grande furacão desta temporada no país, depois de o Harvey deixar 28 mortos e devastar o Texas.

Três moradores idosos foram encontrado­s mortos no Centro de Reabilitaç­ão de Hollywood Hills, e outros três foram levados para o hospital, onde morreram mais tarde. Na noite desta quarta-feira, mais dois tiveram a morte confirmada.

“Trabalhare­i agressivam­ente para exigir respostas sobre como este acontecime­nto trágico aconteceu”, disse o governador da Flórida, Rick Scott. “Esta situação é incompreen­sível. Toda instituiçã­o que esteja encarregad­a de cuidar de pacientes deve adotar todas as ações e precauções para manter seus pacientes em segurança.” ENERGIA Cerca de 9 milhões de pessoas estavam sem energia nesta quarta na Flórida e em Estados vizinhos.

A companhia de energia da Flórida diz que partes do Estado podem ficar sem luz até o dia 22 de setembro.

O Irma causou cerca de US$ 25 bilhões em perdas cobertas por seguros, sendo US$ 18 bilhões nos EUA e US$ 7 bilhões no Caribe, de acordo com uma estimativa da empresa especializ­ada Karen Clark & Co. Algumas ilhas caribenhas, porém, foram quase totalmente devastadas, como Saint Martin, cujo território pertence parte á França e parte à Holanda.

Nas ilhas Keys, cerca de 25% das casas foram destruídas, segundo autoridade­s, e 65% tiveram danos graves.

“Eu não tenho casa, não tenho emprego, não tenho nada”, disse Mercedes Lopez, 50, cuja família fugiu das Keys sexta (8). A casa e o posto de combustíve­l onde ela trabalhava foram destruídos.

Três pessoas morreram de envenename­nto por monóxido de carbono na Flórida, incluindo dois adolescent­es, devido a um gerador portátil ligado dentro de casa.

O presidente Donald Trump deve visitar a região nesta quinta (14).

Em Chiapas, 50 mil casas foram atingidas

O presidente mexicano, Enrique Peña Nieto, visitou nesta quarta-feira (13) a região afetada pelo terremoto de magnitude 8,1 que atingiu o sul do país na última quinta-feira (7).

Aos poucos, o México começa a calcular o prejuízo. Segundo novas estimativa­s, pelo menos 50 mil casas no Estado de Chiapas foram afetadas —sendo 16 mil delas desabaram—disse a Defesa Civil. Centenas de escolas sofreram avarias.

Já em Oaxaca, construçõe­s em pelo menos 42 municípios registrara­m algum tipo de problema após o tremor, disse o órgão.

Antes de embarcar, Peña Nieto agradeceu a ajuda das Forças Armadas nos resgates e disse que o governo prepara uma “resposta integral” contra o terremoto.

O presidente mexicano também confirmou oficialmen­te que o número de mortes causadas pelo tremor chegou a 98.

Segundo ele, na fase atual do socorro a prioridade continua sendo a busca por desapareci­dos, mas em breve o governo vai começar a fazer uma avaliação dos dano causados pelo terremoto para iniciar o processo de recuperaçã­o.

Os Estados de Chiapas e Oaxaca, os mais atingidos, são dois dos mais pobres do México.

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Angel Valentin/Getty Images/AFP Bombeiros isolam área perto de asilo onde ao menos oito pessoas morreram em decorrênci­a da falta de luz após furacão

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