Membros do Petros vão à Justiça contra ajuste para cobrir rombo
DO RIO - A Aepet (Associação dos Engenheiros da Petrobras) vai questionar na Justiça o plano de ajuste no principal fundo de pensão da estatal, que prevê aporte de R$ 27,7 bilhões de empregados e da estatal para cobrir o rombo acumulado entre 2013 e 2015.
Aprovado na terça (12) pelo conselho deliberativo da Petros, o plano estabelece, por 18 anos, contribuição extraordinária para os empregados e aposentados. Eles serão responsáveis por injetar R$ 14 bilhões no Plano Petros do Sistema Petrobras (PPSP), que tem 77 mil participantes.
A Petrobras e a BR Distribuidora contribuirão com o restante, caso a proposta seja aprovada pela Sest (Secretaria de Coordenação e Governança das Estatais).
“Nos últimos 14 anos, as contas da Petros foram rejeitadas pelo conselho fiscal, mas depois aprovadas pelo conselho deliberativo, que é controlado pela Petrobras. E agora os trabalhadores pagam a conta”, disse o presidente da Aepet, Fernando Siqueira.
A entidade convocou para o dia 25 uma reunião para definir a estratégia na Justiça, considerada “a mais dura batalha a ser enfrentada” pela categoria. Chamou para o evento, além dos participantes do plano, a OAB.
De 2013 a 2015, a PPSP acumulou deficit de R$ 25,6 bilhões. O plano de ajuste estabelece alíquotas progressivas para os participantes. Em casos de salários mais altos, a contribuição passará de 12% para até 40% do vencimento mensal.