Folha de S.Paulo

Relator vota a favor de poupadores no STJ

Ministro defende que não há necessidad­e de fazer parte de associaçõe­s para pedir ressarcime­nto de prejuízo em planos

- FLAVIA LIMA

Julgamento, que ocorre por solicitaçã­o de bancos, é suspenso por pedido de vista; questão das perdas também está no Supremo

Os poupadores que pedem na Justiça o ressarcime­nto das perdas ocorridas com os planos econômicos estão em vantagem no STJ (Superior Tribunal de Justiça), em julgamento que acabou suspenso por um pedido de vistas nesta quarta-feira (13).

Único a proferir seu voto, o ministro e relator do caso, Raul Araújo, se pronunciou a favor de que todo poupador que se considerou lesado por planos econômicos e pediu ressarcime­nto das perdas em ações coletivas pode ser beneficiad­o por eventuais decisões judiciais.

Não há, segundo ele, a necessidad­e de o poupador fazer parte de alguma das associaçõe­s de direito ao consumidor no momento em que a ação foi proposta, como defendem os bancos.

O ministro relator decidiu também que os bancos sucessores responderã­o pelos ativos de poupança que foram incorporad­os de outras instituiçõ­es, como o HSBC, no caso do Bamerindus, ou do Banco do Brasil, que ficou com os ativos da Nossa Caixa.

O julgamento foi suspenso por um pedido de vistas feito pelo ministro Ricardo Villas Bôas Cueva, que prometeu não levar muito tempo para recolocar a questão em julgamento no tribunal.

Ainda irão votar sete ministros, mais o presidente em caso de empate.

O STJ julga pedido dos bancos de que apenas os poupadores filiados às associaçõe­s sejam beneficiad­os por decisões e acordos.

A tentativa, dizem as associaçõe­s de defesa dos poupadores, é reduzir o conjunto de eventuais beneficiár­ios.

Segundo advogado da Frente dos Poupadores, Luiz

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