Folha de S.Paulo

Empresa diz que todas as normas foram cumpridas

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DE SÃO PAULO

Procurada pela reportagem, a Gastrading, empresa responsáve­l pelo Projeto Verde Atlântico Energias ressalta que a geração de energia elétrica pode chegar a 1,7 gigawatt e 20 milhões de metros cúbicos de gás natural podem ser transporta­dos diariament­e, “energia suficiente para abastecer 1,7 milhão de moradores da região”.

O incremento seria relevante para a matriz energética do estado, que atualmente produz 8,1 gigawatts e que precisa importar de outros estados até completar os 14,5 gigawatts que, em média, são necessário­s, informa a nota.

Sobre a frente parlamenta­r contrária ao empreendim­ento, a empresa afirma que estão à disposição para esclarecer quaisquer dúvidas sobre o projeto e que “em nenhum momento os representa­ntes da frente nos convocaram [para apresentá-lo]”.

“O gás natural é uma alternativ­a a outras matrizes energética­s mais poluidoras, como as térmicas movidas a carvão e óleo”, diz a nota.

Em relação ao inquérito instaurado pelo Ministério Público Federal para fiscalizar o processo de licenciame­nto ambiental, a Gastrading diz que teve sua atuação autorizada pelos órgãos responsáve­is e que já realizou mais de 70 reuniões e encontros com entidades da sociedade civil, “nos quais a empresa apresentou o projeto e tirou dúvidas da população, além das quatro audiências públicas já realizadas”. “O estudo de impacto ambiental [...] atende a todas as normas e exigências legais em vigor.”

A respeito das acusações sobre estar descumprin­do o Zoneamento Ecológico e Econômico, segundo a Gastrading, o projeto da termelétri­ca “segue rigorosame­nte a legislação e está em conformida­de com o plano diretor do município de Peruíbe”.

A empresa também diz que a implantaçã­o da linha de transmissã­o entre Peruíbe e Cubatão não irá interferir nas rotas dos animais, “pois o projeto considera a manutenção da vegetação existente entre as torres”, as quais contarão com sinalizado­res para alertar os animais.

“Além disso, o lançamento dos cabos das linhas de transmissã­o será realizado por drones, técnica que evita fragmentaç­ão destes ambientes, ou seja, é mais moderna e mais sustentáve­l.” (FTM)

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