Delator denuncia dirigente por corrupção
Segundo Marcos Valério, Ary Graça desviou recursos da Confederação Brasileira de Vôlei
O empresário Marcos Valério, preso desde 2013 em Sete Lagoas (MG), disse em delação à Polícia Federal que o ex-presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, desviou parte do dinheiro de patrocínio do Banco do Brasil que deveria ir para a entidade desportiva que ele dirigia. A informação foi publicada pela agência de jornalismo investigativo Sportlight.
A revelação consta da colaboração premiada de Marcos Valério, condenado a 37,5 anos de prisão por peculato, corrupção ativa, lavagem de dinheiro e por crime contra o sistema financeiro.
A colaboração feita à PF pelo empresário mineiro, que cita as operações que ficaram conhecidas como o “mensalão mineiro”, que envolve ações protagonizadas por Aécio Neves e Eduardo Azeredo, não foi aceita pelo Ministério Público em 2016.
A Polícia Federal é quem confirmou a delação. O Supremo Tribunal Federal ainda precisa aprovar se a PF pode homologar a colaboração.
O ex-dirigente Ary Graça, por meio de sua assessoria, afirma que não recebeu qualquer pagamento advindo do contrato de patrocínio da CBV com o BB. Segundo ele, jamais ocorreu um benefício por repasse de dinheiro de caixa 2 ou em dinheiro vivo.
O advogado de defesa de Marcos Valério não comentou a delação de seu cliente.