Bia Haddad quer mudar cultura do tênis brasileiro
Na melhor temporada da carreira, tenista subiu de 173ª para 61ª do mundo
Com o melhor ranking do país entre homens e mulheres, paulista quer mais espaço para o tênis feminino na TV
Em férias no Brasil, a paulista Bia Haddad, 21, colhe os frutos da melhor temporada da carreira. Pedidos de foto e palavras de incentivo tornaram-se mais comuns após ela entrar no top 100 (hoje é a 61ª do ranking) e jogar seus três primeiros Grand Slams.
A reviravolta parecia improvável para quem começou o ano na 173ª posição do ranking da WTA e com lesões em três vértebras, depois de sofrer uma queda em casa.
Recuperada, Bia ascendeu gradualmente. Conquistou títulos de torneios menores e obteve vitórias marcantes, como diante da australiana Samantha Stosur (ex-número 4 do mundo) e na primeira rodada de Wimbledon. Em setembro, foi vice-campeã do Torneio de Seul, seu resultado mais relevante até agora.
A canhota também enfrentou tenistas que estão entre as melhores do circuito: Venus Williams, Garbiñe Muguruza, Jelena Ostapenko e a líder do ranking, Simona Halep.
Até pouco tempo atrás, encarar rivais desse nível esta- va distante da sua realidade.
Tanto que ela diz ter ficado “super ansiosa” quando jogou contra a americana de 37 anos: “Era a Venus, acho que quando eu nasci ela já estava ganhando Grand Slam.”
Além das irmãs Williams, a jovem brasileira cresceu admirando Maria Sharapova, 30, que voltou às quadras no meio do ano após cumprir suspensão por doping.
Em 2009, quando a russa esteve em São Paulo para uma exibição, Bia escapou do colégio para tirar foto com ela. Hoje, as duas disputam posições no ranking.
De tiete, Bia passou a ser tietada pelos fãs em clubes e aviões. “É muito legal ser reconhecida. Desde criança sempre respirei tênis. Minha vida sempre foi abrir mão de muita coisa para o tênis. Você