Arquivos expõem offshores de brasileiros
que ações do Facebook.
A Kanton é ligada ao oligarca russo russo-uzbeque Alisher Usmanov, também próximo do premiê Medvedev.
O Facebook e o Twiiter disseram que Milner não tem mais investimentos nas companhias e que não tinham conhecimento que a verba tinha origem no Kremlin. O VTB e a Gazprom afirmaram que os investimentos eram apenas boas oportunidades de negócio.
Milner não é o único russo atingido pelo vazamento.
Os arquivos mostram que o genro de Putin, Kirill Shamalov, tem negócios com o secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross. O americano é sócio da empresa de navegação Navigator. Esta, por sua vez, tem parceira com a Sibur, empresa de gás que tem Shamalov como sócio.
O porta-voz de Ross disse que o secretário não participa de decisões que envolvam o setor de navegação e não há conflito de interesses. RAINHA
DE SÃO PAULO
Os ministros Henrique Meirelles (Fazenda) e Blairo Maggi (Agricultura) aparecem ligados a offshores no Caribe em um novo vazamento global de documentos ocorrido neste domingo (5).
O vazamento foi batizado de “Paradise Papers” (papeis do paraíso) e, a exemplo dos Panama Papers, de 2016, é conduzido pelo ICIJ (Consórcio Internacional de Jornalistas Investigativos).
As apurações têm como base mais de 13 milhões de arquivos dos escritórios Appleby e Asiaciti Trust, especializados em abrir offshores.
A lei brasileira não proíbe cidadãos de terem empresas offshore, desde que os recursos ligados a elas sejam declarados à Receita Federal e os impostos, pagos.
Henrique Meirelles aparece como criador de uma fundação nas Bahamas, batizada de Sabedoria Foundation. Os documentos apontam que ela foi aberta em dezembro de 2002, pouco antes de o ministro assumir a presidência do Banco Central, ainda no primeiro mandato de Lula.
Para a abertura do “trust”, Meirelles fez um depósito de US$ 10 mil —declarado à Receita Federal—, mas depois disso não enviou novos bens.
Em nota à imprensa, o ministro informou que a fundação é “uma estrutura filantrópica, gerida de maneira independente e autônoma por um conselho curador”.
Segundo ele, foi criada para receber parte de sua herança e “aplicar esses recursos em atividades beneficentes no setor de educação no Brasil”. A Sabedoria é sediada no exterior, ainda de acordo com a nota, porque Meirelles morava nos EUA na época.
O ministro, filiado ao PSD, é cotado como presidenciável para as eleições de 2018.
Já Blairo Maggi (PP) aparece nos Paradise Papers como beneficiário de uma empresa aberta nas Ilhas Cayman em 2010, a Amaggi & LD. Tratase de sociedade entre a Amaggi, da família de Maggi, e a gigante holandesa de commodities Louis Dreyfus.
Ao “Poder360”, membro do ICIJ no Brasil, Maggi negou irregularidades e disse que não é beneficiário direto da empresa, “jamais tendo recebido rendimento dela”.