Construtoras querem rever remuneração de ruas e estradas
Empresas que constroem estradas querem rediscutir termos de contratos e vão procurar o Dnit (Departamento de infraestrutura de transportes) e o TCU (Tribunal de Contas da União).
A Petrobras reajustou o preço do asfalto em 12%, na média, e por isso não é possível manter os termos pactuados com a União e entes federativos, elas alegam.
“Temos reuniões agendadas com os dois órgãos para discutir o que fazer com os contratos em andamento”, diz José Carlos Martins, presidente da Cbic (câmara da indústria da construção).
As companhias do setor não têm alternativa a não ser comprar da Petrobras, ele afirma, pois ela é a única que refina asfalto e não há estrutura para importar.
A estratégia é rever os termos de contratos com a União e, depois, com Estados e municípios, diz ele.
Um aumento de 12% no preço dessa matéria-prima representará uma alta total de custos em torno de 5%, afirma Ricardo Portella, diretorexecutivo da Sultepa.
“O Dnit remunera as empresas com 15% de margem. Paga-se PIS, Cofins e outros impostos. Se o principal componente aumentar dessa forma, inviabiliza o setor.”