Médicos tentam decifrar cérebro criminoso
comportamentos agressivos. Mas o especialista alerta que a relação é probabilística. “Falar em uma relação de causa e efeito é forçar um pouco as coisas. É melhor pensar em termos de riscos ou predisposições”, diz Haase.
“O comportamento é função do cérebro. Não existe variação no comportamento sem variação anátomo-funcional no cérebro”, argumenta o neurocientista.
Ele chama a atenção, no entanto, para o fato de que as correlações entre cérebro e comportamento envolvem múltiplas instâncias e não ocorrem independentemente da vontade do indivíduo.
“Se um tarado ejacula em uma mulher num ônibus e o juiz o solta, a probabilidade de que ele faça isso de forma recorrente aumenta. Se as instituições prenderem o malfeitor, não haverá oportunidade de praticar crimes novamente.”