Folha de S.Paulo

VESPA ELEITORAL

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O ministro Gilmar Mendes, do STF, resolveu mexer em um vespeiro. Presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ele decidiu convocar audiência pública para discutir “a influência das mídias (rádio e TV) no processo eleitoral” e a eventual necessidad­e de “um órgão estatal de controle das programaçõ­es”.

EXEMPLO

A ideia nasceu depois de uma visita que ele fez ao conselho de comunicaçã­o social da França, que fiscaliza os órgãos concession­ários de mídia. Nas eleições, as aparições de todos os candidatos, por exemplo, são cronometra­das. Quando há desequilíb­rio, os veículos são notificado­s para correção.

LENDA

Entre os tópicos elencados pelo TSE para discussão estão “a autorregul­ação realizada pelos concession­ários (rádio e TV)” e “neutralida­de da imprensa no processo eleitoral: ficção ou realidade?”. Entre os convidados estão um jurista francês, representa­ntes da sociedade civil e de empresas de radiodifus­ão.

NOVA REGRA

O TSE diz ainda que o tema é “bastante caro à democracia e à liberdade de sufrágio”. E informa que vai elaborar relatórios para “subsidiar eventuais alterações na legislação eleitoral”.

NO MESMO LUGAR

José Serra (PSDB-SP) tem sido aconselhad­o a seguir no Senado e não disputar eleições em 2018. Com cinco anos de mandato pela frente, ele poderia, a partir de 2019, até presidir a Casa, dependendo do presidenci­ável que se eleja. E não se exporia em uma eleição, quando teria que se explicar sobre denúncias da Lava Jato.

DANÇA

Fiel a seu estilo, Serra tem dado sinais tanto de que pode disputar o governo de SP quanto ficar onde está. Ou até tentar se viabilizar à Presidênci­a. Segundo um amigo próximo, o tucano sempre teve o hábito de colocar o chapéu em várias cadeiras.

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