Folha de S.Paulo

“Não podemos permitir que a Coreia do Norte destrua tudo o que construímo­s”, afirmou, para logo depois

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O presidente americano Donald Trump disse nesta terçafeira (7) em Seul, na Coreia do Sul, que os EUA estão prontos para usar toda sua força militar contra a Coreia do Norte se necessário, mas pediu que Pyongyang “faça um acordo” para evitar o confronto.

“Faz sentido para a Coreia do Norte vir à mesa e fazer um acordo que seja bom para as pessoas de lá e do resto do mundo”, afirmou Trump, ao lado do presidente sul-coreano, Moon Jae-in.

Do lado de fora do local do encontro entre os líderes, ocorreu um protesto contra o americano.

O tom do discurso de Trump contrasta com aquilo que ele havia dito na segunda (6), na escala japonesa de seu tour asiático. Em Tóquio, ele falou que o tempo da “paciência estratégic­a” com Pyongyang tinha chegado ao fim, sinalizand­o o esgotament­o da via diplomátic­a de negociação com a ditadura comunista.

O humor mudou na viagem para o país vizinho. Agora em Seul, Trump citou a existência de um movimento de bastidor dedicado à busca de um acordo com Kim Jong-un e afirmou ver muito progresso na relação com o regime liderado por ele, mas não esclareceu se Washington e Pyongyang têm dialogado diretament­e.

Apesar de suavizar a retórica em relação à Coreia do Norte, Trump disse que as Forças Armadas americanas estão prontas para entrar em ação, caso as circunstân­cias assim exijam. Segundo ele, o país mantém três porta-aviões e um submarino nuclear na região. OPÇÃO MILITAR fazer a ressalva de que esperava nunca ter de usar a opção militar.

Trump elogiou o presidente sul-coreano e defendeu o que chamou de “grande cooperação” entre Seul e Washington. Em setembro, o americano criticara seu homólogo por defender o diálogo com Pyongyang.

Na entrevista ao lado do americano, Moon voltou a tocar no tema e disse que os dois líderes concordara­m em “resolver a questão nuclear da Coreia do Norte de maneira pacífica”.

Trump também teceu elogios ao presidente chinês, Xi Jinping, a quem atribuiu papel decisivo na mediação da crise com a Coreia do Norte. “Esperamos que, da mesma maneira, a Rússia seja útil”, completou.

Depois da Coreia do Sul, Trump vai a Pequim, onde se encontrará com Xi. De lá seguirá para o Vietnã, onde deve se reunir com o presidente russo, Vladimir Putin. O périplo termina nas Filipinas.

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Brendan Smialowski - 28.out.17/AFP » PUNIDA Momento em que a ciclista Juli Briskman mostra o dedo do meio para a carreata do presidente americano, Donald Trump, na Virgínia, no último dia 28; Briskman, 50, analista de marketing, foi demitida três dias depois da empresa Akima, que...

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