Da República escolheu nomear o delegado Fernando Segóvia”.
Renan Calheiros (PMDBAL)— tinha como base áudios gravados pelo ex-presidente da Transpetro, o delator Sergio Machado, em conversa com peemedebistas.
Em um dos diálogos revelados pela Folha em maio do ano passado, Jucá afirmava que uma “mudança” no governo federal resultaria em um pacto para “estancar a sangria” representada pelas investigações.
A pressão pela nomeação de Segóvia em detrimento de Rogério Galloro, número dois de Daiello e preferido de Torquato, contou ainda com o patrocínio do ministro do Tribunal de Contas da União Augusto Nardes, também alvo de delação no âmbito da Lava Jato.
Padilha disse, por meio de nota, que a indicação do diretor-geral da PF é atribuição “exclusiva” do ministro da Justiça e que não indicou “nenhum delegado para exercício de tal cargo”.
Procurado, o Planalto não se pronunciou sobre o encontro do sábado até o fechamento desta edição.
Torquato, por sua vez, afirmou que não fez nenhuma indicação. Em nota, o Ministério da Justiça disse que “o presidente NOMEAÇÃO Nesta quinta-feira (9), a nomeação de Segóvia foi publicada no “Diário Oficial” da União e ele já assumiu a função, apesar de sua posse estar marcada para o dia 20.
Seu primeiro dia de trabalho foi dedicado a reuniões internas e são esperadas diversas mudanças no órgão.
A primeira delas é na Diretoria Executiva, a Direx, comandada por Galloro.
Ele foi convidado por Torquato para ser o secretário nacional de Justiça, mas a indicação ainda necessita do aval de Temer, que não se manifestou sobre o tema.
Segóvia, que é delegado de carreira, não é unanimidade dentro da PF.
Ele tem apoio de cinco entidades que representam integrantes da corporação, mas a ADPF (Associação Nacional de Delegados da Polícia Federal) não reconhece a legitimidade da lista tríplice que levou a seu nome.
Além de Segóvia e Galloro, Luiz Pontel de Souza também era como cotado para substituir Daiello.